Negócios

Apenas 64% das empresas no Brasil apostam em compliance

Apenas 64% das empresas no Brasil apostam em compliance
Crédito: Freepik

Compliance. O termo que vem sendo amplamente difundido ganhou robustez a partir da publicação da Lei 12.846 e Decreto 8.420 e vem sendo cada vez mais valorizado. Com a principal função de assegurar que todos os colaboradores, fornecedores, parceiros de negócios e partes relacionadas estejam de acordo com a cultura da organização, o compliance se tornou uma necessidade no mercado atual.

O primeiro e mais importante passo para a implementação de um programa de compliance é o comprometimento da alta administração. A partir daí, nascem as políticas, o código de conduta e os mecanismos de controle, que servem para dar o tom da organização, bem como para identificar possíveis desvios.

A intenção do compliance é principalmente, no combate à corrupção. Mas sua abrangência permeia ainda na conformidade de diversas áreas, como trabalhista, fiscal, tributária, contábil, financeira, ambiental, previdenciária, entre outras.

Apenas 64% das empresas brasileiras afirmam que possuem um processo de avaliação de riscos de compliance, o que demonstra a baixa maturidade dessa prática nas empresas, de acordo com uma pesquisa da KPMG. A pesquisa também mostra que 71% dos executivos reconhecem que a política e o programa de ética e compliance de suas companhias estão implementados de forma eficiente, mas mesmo assim ainda há espaço para a melhoria.

Vantagens

As empresas que têm um bom programa de compliance ganham credibilidade por parte dos stakeholders, maiores oportunidades de mercado, melhoram a imagem da empresa e se sujeitam cada vez menos a riscos de corrupção e fraude, além de ampliarem suas aberturas no mercado externo, o que amplifica os resultados financeiros e aumentam a satisfação e produtividade dos colaboradores.

A implementação de um programa de compliance representa o comprometimento da empresa com seus princípios e valores e materializa seu comprometimento com a ética, integridade e transparência, principalmente. A Lei Anticorrupção (12.846/13) estabelece severas penalidades às empresas que praticarem atos lesivos à administração pública nacional ou estrangeira, como, por exemplo, aplicação de multa, que pode chegar a 20% do faturamento bruto do exercício anterior da empresa.

Novos nichos

Todo esse cuidado com a integridade empresarial, fez com que o compliance tivesse um avanço em setores que, antes, eram pouco explorados, como o da mineração.

Nesta área, o profissional de compliance atua na implementação de programas de integridade e conformidade, garantindo o cumprimento das normas e políticas internas e legislações atinentes ao negócio. Os programas surgem, principalmente, no intuito de minimizar riscos, evitar danos, coibir a prática de corrupção, além de propagar os valores da empresa, o que gera inestimável ganho reputacional e protege a imagem da organização.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas