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Aperam BioEnergia testa veículos elétricos

A empresa está realizando testes com alguns modelos nas suas unidades operacionais localizadas no Vale do Jequitinhonha
Aperam BioEnergia testa veículos elétricos
Empresa de energia renovável da Aperam South America estuda substituir frota a partir de 2024 | Crédito: Divulgação/Aperam BioEnergia

A Aperam BioEnergia, que produz o carvão vegetal usado na fabricação do Aço Verde Aperam, estuda substituir parte da sua frota por veículos e máquinas movidos a eletricidade. A empresa está realizando testes com alguns modelos nas suas unidades operacionais localizadas no Vale do Jequitinhonha, onde são cultivados cerca de 76 mil hectares de eucalipto melhorado geneticamente e preservados quase 50 mil hectares de mata nativa.

O diretor de Operações da BioEnergia, Edimar de Melo Cardoso, afirma que esses estudos serão fundamentais para embasar uma tomada de decisão mais efetiva da empresa. “Sobre os testes, a gente acredita que até o fim de 2023 seja possível ter clareza para uma tomada de decisões e, nesse caso, verificar com os fornecedores disponibilidade e ajustes que se fizerem necessários aos equipamentos”.

Embora as pesquisas ainda estejam no início, Edimar de Melo Cardoso diz que a percepção é bastante positiva. “Nós sabemos que existe uma redução muito grande nas emissões, e investir em máquinas e equipamentos elétricos, que tragam mais eficiência energética, está no centro da nossa estratégia. A Aperam BioEnergia tem a inovabilidade em seu DNA”, disse o diretor. Ele pondera, no entanto, que, além dos benefícios para o meio ambiente, será preciso aferir resultados sólidos também sobre a viabilidade econômica do projeto.

Para o transporte de colaboradores durante as operações, a empresa está testando, atualmente, o modelo Bolt EV, da Chevrolet, com capacidade para transportar cinco pessoas. O fabricante informa que o modelo, 100% elétrico, tem como vantagens o fato de ser zero emissão de CO2 e baixo custo por quilômetro rodado – de acordo com a montadora, até quatro vezes inferior ao de um carro tradicional do mesmo porte. A autonomia das baterias é de 416 km, em média.

O Coordenador de Processos Administrativos e de Logística Interna da BioEnergia, Tony Terra Beraldo, diz que a segurança também é um dos diferenciais do modelo, que tem 10 airbags e sistema de câmeras 360 graus. “Vamos verificar robustez, desempenho, autonomia e decidir se é executável a troca da frota, o que pode ocorrer em dois anos”, afirma. Atualmente a empresa tem 179 veículos convencionais dedicados ao transporte de pessoas, entre modelos leves e caminhonetes.

Também começaram a ser testados na BioEnergia um caminhão elétrico para transporte de madeira nas áreas da empresa, o Xcmg 6858h, de fabricação chinesa. Os testes vão durar seis meses. Thales Herbert de Oliveira, coordenador de manutenção, disse que também está sendo testada uma pá carregadeira elétrica.

O plano, segundo Oliveira, é eletrificar os veículos e máquinas de todas as etapas da produção de carvão vegetal, prevendo ainda, nos próximos meses, o uso de uma escavadeira movida à eletricidade. “O principal ponto a ser avaliado é a autonomia desses equipamentos, que, segundo o fabricante, é de oito a nove horas. Precisamos verificar como será isso na prática e fazer os ajustes para que possamos cortar o cordão umbilical com o petróleo, que é um combustível fóssil”.

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