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Após CNN, Menin compra Rádio Itatiaia

Após CNN, Menin compra Rádio Itatiaia
Minas Gerais precisa de empresas sólidas e que contribuam para a história e fortalecimento do Estado, ressaltou Menin | Crédito: Nitro Imagens

O empresário mineiro Rubens Menin, proprietário do grupo MRV&CO – que engloba as empresas MRV, Urba, Luggo, AHS e Sensia -, Banco Inter e a emissora de televisão CNN Brasil, adquiriu 100% da Rádio Itatiaia, sediada em Belo Horizonte. Embora o valor do negócio não tenha sido revelado, a notícia promete movimentar o mercado da comunicação em Minas Gerais.

É que, fundada em 1952 e líder de audiência no Estado em grande parte da programação, até então, a emissora era comandada desde 1994 por Emanuel Carneiro, irmão do fundador Januário Carneiro, em uma gestão familiar longínqua.

Entram no pacote de aquisição as emissoras afiliadas Ouro Preto, Juiz de Fora, Montes Claros e Varginha, bem como a sede e os equipamentos radiofônicos. Já a Rádio Extra, que também pertence à família Carneiro, não.

O novo CEO da emissora será apresentado aos funcionários na próxima segunda-feira (17) por Rubens Menin. Trata-se de um executivo mineiro de inteira confiança do empresário, com passagem por algumas de suas outras empresas. Há informações de que seja o escritor, consultor e palestrante sobre planejamento financeiro familiar e pessoal Diogo Gonçalves.

De acordo com Menin, todos os valores e atributos responsáveis por posicionar a Rádio Itatiaia ao lado das emissoras radiofônicas mais relevantes do País, tornando-a referência em jornalismo, no esporte e como prestadora de serviços à sociedade, serão mantidos e somados aos parâmetros de governança corporativa, que são marcas das empresas do executivo.

Para ele, a aquisição tende a ampliar ainda mais a potência e abrangência da emissora, que conta com a audiência de 900 mil ouvintes por dia e, nos últimos anos, conquistou espaço expressivo também no ambiente digital, ultrapassando a marca de um milhão de seguidores apenas no Twitter.

Para ele, Minas Gerais precisa de empresas sólidas e que contribuam para a história e fortalecimento do Estado. Além da própria Itatiaia, citou o DIÁRIO DO COMÉRCIO, enquanto atores importantes desta construção. “Temos uma grande mídia nacional, mas

Minas precisa ter seu foco, seu espaço e seu debate interno. A Itatiaia produz isso super bem e nosso propósito é fortalecer esse papel”, explica.

Em 2019, Menin anunciou a criação da CNN Brasil, que entrou no ar oficialmente em março do ano passado, sob investimentos estimados em R$ 700 milhões em 10 anos – sendo R$ 80 milhões na implementação do canal. Um ano depois, em março de 2021, o executivo adquiriu a outra parte que pertencia ao jornalista Douglas Tavolaro, que detinha 35% do negócio.

Diante disso, questionado sobre os planos na comunicação e se pretende criar um conglomerado na área, o empresário negou. Disse que não há nada no cenário e que o passo dado neste momento visa apenas a consolidação da Rádio Itatiaia, ajudando a perenizar a empresa e sua contribuição para a comunicação e para a sociedade mineira.

“A gente tem que zelar muito pelo Estado, por nossa cultura. Não existe sociedade bem desenvolvida sem um bom jornalismo. E a Itatiaia sempre fez isso muito bem, com suas contribuições para a população. Precisamos manter e incentivar uma imprensa ética e evoluída trabalhando pelo bem do País”, ressalta.

A venda da rádio já estava nos planos do radialista Emanuel Carneiro, que comanda a emissora desde 1994 e seguirá nas funções de apresentador e comentarista até o fim do ano.

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