Aquarela Residencial Sênior terá segunda unidade em Belo Horizonte

O Aquarela Residencial Sênior, instituição de longa permanência para idosos (ILPI) de Belo Horizonte, está investindo R$ 13 milhões na expansão de sua sede, localizada no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul da cidade, e na construção de uma nova unidade na capital mineira. Embora ainda sem local definido, a nova operação deverá ser instalada em bairros próximos à divisa de Nova Lima, na RMBH.
Do total, R$ 12 milhões serão destinados ao desenvolvimento e execução das obras da nova unidade, que têm previsão de serem iniciadas no segundo semestre de 2024. O restante (R$ 1 milhão) será destinada à expansão da sede.
A diretora de Saúde do Aquarela, Juliana Araújo, conta que, atualmente, o mercado de produtos e serviços para a terceira idade vem crescendo exponencialmente. E que, para atender às necessidades de indivíduos com mais de 60 anos, que passaram por cirurgias ou que internações hospitalares que necessitam de cuidados, o acompanhamento especializado, o serviço de desospitalização tem ganhado destaque.
“Acabamos de investir também R$ 100 mil nos serviços de qualificação da Health Coast Consultoria, referência em gestão de saúde no mercado 60+, com o objetivo de aprimorar os processos e fluxos operacionais voltados para o gerenciamento da saúde e implantação das melhores práticas assistências para o público sênior. Nosso objetivo é proporcionar a melhor experiência aos idosos e suas famílias”, diz.
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Aquarela é uma instituição de longa permanência para idosos
Fatores como o envelhecimento da população, somado à falta de leitos hospitalares e o risco de infecção hospitalar, estão alavancando a busca por serviços abrangentes que vão além da hospedagem, abraçando toda a infraestrutura de cuidados que o público da terceira idade necessita, como os serviços altamente especializados oferecidos em instalações de ILPI e/ou residenciais sêniores. Neste sentido, Juliana Araújo, afirma que instituições que disponibilizem todas os serviços são as mais buscadas.
“Existem várias situações em que esse serviço é útil e beneficia as famílias, como, por exemplo, pacientes com múltiplas fraturas que, após receberem alta hospitalar, necessitam de acompanhamento de enfermagem e terapias de reabilitação. Além disso, há a vantagem de reduzir a exposição a infecções, comuns em ambientes hospitalares”, explica.



Maior demanda é de pacientes pós-cirúrgicos
“Recebemos muitos idosos este ano, que foram hospitalizados devido aos traumas físicos como quedas ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). A maior demanda é de pacientes com pacientes pós-cirúrgicos. Nesses casos, ajudamos com a reabilitação fisioterápica e o trabalho intensivo em retomar sua capacidade para a realização das atividades de vida diária (AVDs) o mais rápido possível”, completa a diretora.
Ela ressalta ainda que muitos idosos não recebem assistência ideal para suas necessidades de saúde, como monitoramento adequado dos horários dos medicamentos, acompanhamento de terapeutas ocupacionais e fisioterapia. E isso pode originar uma piora geral do estado físico e mental dos idosos.
“Existem também casos em que os familiares não têm tempo de cuidar do idoso ou de fazer a gestão de profissionais cuidadores em casa. Outra vantagem desse modelo de residencial é que problemas de saúde podem ser identificados logo no início”, alerta Juliana Araújo.
A população idosa no mundo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2022, a população com 65 anos ou mais atingiu a marca de 771 milhões de pessoas, quase três vezes mais do que em 1980. Estima-se que até 2030, esse número alcance 994 milhões de pessoas, representando quase um quinto da população mundial. No Brasil, o mercado de desospitalização está em franco crescimento e é relativamente novo.
A Associação Brasileira de Hospitais e Clínicas de Transição (Abrahct), por exemplo, apurou que, nos últimos cinco anos, houve aumento de 101,6% no número de leitos destinados a esse tipo de cuidado entre seus associados. Atualmente, existem 2.745 leitos, em comparação com os 1.361 existentes em 2018. O crescimento é impulsionado principalmente pelo aumento contínuo da população idosa.
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