Negócios

Arkmeds antecipa plano de expansão internacional

Arkmeds antecipa plano de expansão internacional
Macedo: agora estamos aprendendo a trabalhar na indústria | Crédito: DIVULGAÇÃO - ARKMEDS

Se por um lado a pandemia de Covid-19 instaurou uma crise sem precedentes em alguns mercados, por outro atuou como força motriz para o crescimento e fortalecimento de empresas e setores que viram suas demandas aumentarem diante do novo cenário. Este foi o caso da belo-horizontina Arkmeds.

Criada para otimizar a manutenção e segurança no uso de equipamentos hospitalares, a startup obteve resultados expressivos já no ano de 2020, manteve a trajetória de crescimento em 2021 e antecipou seu plano de expansão internacional – até então previsto para os exercícios seguintes.

Quem conta é o diretor de vendas e marketing da empresa, Helbert Macedo. Segundo ele, já no ano passado a empresa observou uma potencialização de compra de equipamentos em todo o mundo, a partir da necessidade do monitoramento de pacientes mantidos em leitos hospitalares, procedimento que exige calibração dos equipamentos. Assim, muitos fabricantes nacionais potencializaram a produção e os serviços da Arkmeds também foram impulsionados.

“Fomos afetados positivamente na produção de software e hardware para equipamentos hospitalares. Com isso, aumentamos o quadro de funcionários em 50%, assim como a produção dobrou de tamanho e o faturamento saltou 32% – inclusive com a chegada de uma série de outros mercados. Ou seja, nascemos na área hospitalar e agora estamos aprendendo a trabalhar na indústria”, avalia.

Apesar de não revelar números, Macedo diz que, diante do cenário, a empresa encerrará 2021 com crescimento ainda maior e a grande aposta para 2022 está ligada a lançamentos de realidade aumentada e realidade virtual para diferentes setores industriais.

Na prática, a empresa desenvolve tecnologias para melhorar a qualidade da gestão de equipamentos por meio de softwares e hardwares. A plataforma integrada a dispositivos de monitoramento (IoT) consegue automatizar processos rotineiros, assim como produzir alarmes junto a relatórios inteligentes que auxiliam em tomadas rápidas de decisões.

“Há cerca de dois anos começamos a identificar que as dificuldades que um hospital tem a indústria também apresenta e que nosso sistema de gestão poderia auxiliar nos processos, sejam eles corretivo, preventivo ou preditivo”, explica.

Somado a isso, a desvalorização do real frente ao dólar nos últimos anos tornou mais atrativa a exportação, assim como diminuiu a concorrência de produtos importados, beneficiando a startup. Dessa maneira, em 2021 foram iniciadas as operações internacionais junto aos mercados europeu e americano. “O processo de internacionalização começou por Portugal, mas nos Estados Unidos já está mais acelerado, em função do próprio modelo de negócio”, revela o diretor.

A atuação externa começou pelos hardwares – uma vez que os mercados os aceitam com mais facilidade – os softwares ainda não estão sendo comercializados, pois existem fornecedores gigantes mundiais, o que dificulta o processo. “Iniciamos com os hardwares e entendemos que os softwares terão uma demanda natural”, completa.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas