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Atlético Mineiro SAF estrutura FIDC de R$ 90 milhões para reorganizar o fluxo de caixa

No total, foram distribuídas 90 mil cotas com valor nominal unitário de emissão de R$ 1 mil
Atlético Mineiro SAF estrutura FIDC de R$ 90 milhões para reorganizar o fluxo de caixa
Foto: Daniela Veiga / Atlético Mineiro

A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Clube Atlético Mineiro estruturou, nesta semana, um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC) para captar até R$ 90 milhões, por meio de uma Oferta Pública Primária de cotas. De acordo com o clube, a operação foi realizada para proporcionar uma reorganização no fluxo de caixa.

O Atlético também esclarece que a opção por este modelo foi devido a uma melhor taxa de mercado. No total, foram distribuídas 90 mil cotas desta primeira emissão, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. A emissão foi destinada exclusivamente para investidores profissionais, com volume aplicado superior a R$ 10 milhões.

A estruturação do FIDC do Atlético Mineiro SAF teve a Galapagos Capital como coordenadora e a Inter Distribuidora, do Inter&Co, como administradora. Essa primeira oferta de cotas foi registrada na Comissão de Valores Mobiliários nessa segunda (8) e encerrada na terça-feira (9).

Vale lembrar que o clube obteve, no início deste ano, R$ 60 milhões por meio de emissão de debêntures, a primeira do futebol brasileiro. A oferta pública de distribuição de 105 títulos de dívidas havia sido realizada em setembro do ano passado, com expectativa inicial de arrecadar cerca de R$ 105 milhões.

Na ocasião, o Atlético informou que os recursos obtidos com a operação seriam destinados integralmente para o reperfilamento da dívida do clube mineiro. Segundo ele, isso evidenciava o comprometimento e a confiança do mercado na gestão profissionalizada da SAF.

Atlético tem novo CEO

Na última quarta-feira (10), o Clube Atlético Mineiro apresentou o novo CEO da SAF: Pedro Daniel. Ele vem para substituir o ex-CEO do clube, Bruno Muzzi, que ocupou o cargo de 2022 até 2025. Daniel tem quase 20 anos de atuação na indústria do futebol, atuando a maior parte do tempo na parte de consultoria.

Ele fez parte, diretamente, de projetos de reestruturação financeira e planejamento estratégico de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro e foi um dos líderes na implementação do Fair Play Financeiro, pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no futebol nacional, da criação da Lei do Profut (refinanciamento de dívidas fiscais) em 2015 e da criação da Lei das SAFs.

“Sou um profissional do setor do futebol, especificamente. Trabalho há quase duas décadas nessa indústria, quase sempre prestando consultoria, trabalhando com quase todos os clubes da Série A, principalmente. Vários projetos fora, de investidores que entravam no Brasil, de reestruturações, planejamentos estratégicos”, diz.

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