Azul ampliará oferta de voos em Confins

Ainda que lentamente e cercado de rígidos protocolos de biossegurança, o setor aéreo começa a dar sinais de uma volta à normalidade. A Azul Linhas Aéreas anunciou que a partir de setembro, Belo Horizonte terá voos para Barreiras (BA), Carajás (PA) e Fortaleza (CE), além de mais ligações para Belém (PA), São Paulo (aeroporto de Congonhas), Vitória (ES), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Campinas (SP).
De acordo com o gerente-geral de Planejamento de Malha da Azul, André Mercadante, a partir dessas novas frequências já é possível o viajante acessar cerca de 95% dos destinos servidos pela Azul com uma conexão simples ou dupla, sendo a esmagadora maioria apenas com uma parada.
“Digo que caminhamos metade do trajeto da recuperação e espero que a segunda parte seja mais fácil. Esperamos até dezembro ter 60% da capacidade retomada. O corporativo começou a voar mais, mesmo que timidamente. O lazer está subindo a busca para os feriados. Boa parte disso se deve ao nosso trabalho de garantir a segurança dos clientes. Aos poucos as pessoas vão acreditando. A gente que trabalha aqui sabe que os procedimentos são seguidos à risca”, explica Mercadante.
A escolha das rotas reabertas se dá levando em conta a realidade sanitária dos destinos e também o impacto econômico das viagens. Belo Horizonte, como uma cidade de negócios, é frequentada por viajantes corporativos de todo o País. Agora já são 39 decolagens e 22 destinos diretos cobertos pela companhia a partir do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
“Muitas vezes Belo Horizonte não é a origem, mas, sim, o destino dessas comunidades, de quem vai viajar a negócios. A cidade e seu entorno abriga empresa e polos setoriais importantes. Também do ponto de vista de oferta da Azul, BH é a nossa segunda casa. Estamos conseguindo reconstruir as operações em Confins, também com a metade do caminho percorrido. Lançamos um destino novo: Confins-Fortaleza. Tudo isso significa mais gente trabalhando em terra e no ar”, pontua o gerente-geral de Planejamento de Malha da Azul.
As novas frequências para Carajás, Fortaleza, Belém, Campinas, Uberlândia, e Vitória começam a operar no dia primeiro de setembro. Porto Seguro, no dia sete. Barreiras, no dia nove. E, finalmente, para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, no dia 14 de setembro. Os bilhetes já podem ser comprados nos canais de venda da companhia.
Segurança – A Azul reforçou a limpeza de suas aeronaves a cada voo e à noite, seguindo os protocolos sugeridos pela Associação Internacional de Transporte Aéreo ou International Air Transport Association (Iata). A companhia também tornou obrigatório o uso de máscaras por tripulantes e clientes, tanto a bordo quanto em solo.
A bordo da aeronave, kits com luvas, álcool em gel e lenço umedecido estão à disposição para uso dos clientes e dos tripulantes da Azul quando necessário. A companhia também tem utilizado descontaminantes bactericidas que contam com um princípio ativo que elimina o vírus do Covid-19 em 99,99% dos casos.
Recebimento de aeronaves é adiado
São Paulo – A Azul informou ontem que adiou o recebimento de 82 novas aeronaves para 2024 pelo menos devido aos impactos da pandemia de coronavírus.
A Azul, terceira maior companhia aérea do Brasil, passava por uma expansão ambiciosa quando as medidas de isolamento social derrubaram a demanda por viagens aéreas a partir de março. A frota total da empresa é formada atualmente por 167 aviões, disse a empresa.
A companhia aérea não divulgou quais aeronaves tiveram entrega adiada, mas possui encomendas de mais de 100 jatos E2 da Embraer, além de pedidos de aviões da Airbus.
A Azul teve prejuízo de R$ 2,9 bilhões no segundo trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 351,6 milhões registrado no mesmo período de 2019.
A companhia teve geração de caixa de R$ 1 bilhão no segundo trimestre, principalmente com investimentos de curto prazo não detalhados. Também renegociou seu passivo de leasing de aeronaves para reduzir a relação dívida/Ebitda de 6,4 para 4,8 vezes.
A companhia aérea espera queimar cerca de R$ 270 milhões de caixa no próximo trimestre. (Reuters)
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