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Banco do Nordeste pode fechar 2023 com R$ 2 bilhões de desembolsos em Minas

Caso se confirme a meta de recursos até dezembro, o montante será abaixo do valor registrado em 2022, que foi de R$ 3,8 bilhões
Banco do Nordeste pode fechar 2023 com R$ 2 bilhões de desembolsos em Minas
Crédito: Divulgação BNB

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) pode fechar o ano com R$ 2 bilhões em desembolsos em Minas Gerais, segundo o presidente da instituição financeira, Paulo Câmara. O dado considera uma estimativa total, já que o banco tem contratado até o momento recursos da ordem de R$ 1,7 bilhão.

“Nossa previsão é fechar 2023 com um financiamento na região em R$ 2 bilhões junto aos empreendedores de 249 municípios mineiros atendidos. Já para 2024, devemos chegar a R$ 2,5 bilhões”, adianta Câmara. No entanto, até o final de dezembro deste ano, caso se confirme a meta de contratação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), o montante será abaixo do valor registrado em 2022, que foi de R$ 3,8 bilhões.

Em números, foram aplicados em Minas Gerais somente neste ano R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 100 milhões de outras fontes de recursos que o banco possui. Deste total, R$ 577 milhões foram destinados aos negócios no âmbito da pecuária; R$ 406 milhões para a agricultura; R$ 419 milhões às obras de infraestrutura; R$ 132 mihões ao comércio, R$ 97 milhões ao setor industrial mineiro e, por fim, R$ 89 milhões de desembolsos aos negócios do setor de serviços.

De acordo com o balanço da instituição, o valor contratado no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a setembro, é 28% maior do que foi apurado no mesmo período do ano passado. Do montante total contratado, 62,58% foram destinados diretamente ao público prioritário, sendo R$ 343,4 milhões com recursos do programa de microfinança Agroamigo e R$ 385,3 milhões do Crediamigo.

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Ampliação da atuação

Segundo Câmara, a expectativa é de encerrar o ano com bastante otimismo diante dos projetos atendidos e aos que já estão chegando. “O presidente Lula me pediu para que fizéssemos com que o banco ampliasse a sua área de atuação e, assim, estamos fazendo para atender a agricultura e a pecuária, a infraestrutura e a indústria, assim também como o comércio e o turismo que recebem a nossa ajuda”, elenca. “Estamos próximos aos empreendedores de vários setores e atuando desde o pequeno negócio ao grande empreendimento”, relaciona.

Superintendência própria

Ao comentar a atuação do Banco do Nordeste em Minas Gerais, Paulo Câmara explica que foi feita uma reestruturação das divisas geográficas para operacionalizar os serviços. Antes, a instituição financeira tinha uma única superintendência que passou agora a ser dividida.

“Tinhamos a superintendência de uma região em que o estado do Espírito Santo ficava junto de Minas Gerais. Nós dividimos as regiões, sendo que lá no Espírito Santo tem uma superintendência e o Wesley Maciel já assume como superitendente em Minas para atender o Estado com a atuação do Banco do Nordeste daqui de Montes Claros (Norte do Estado)”, afirma o presidente do banco.

Expansão no Estado

Atualmente, o Banco do Nordeste possui 19 agências em operação no Estado que atendem 249 cidades. Com o objetivo de melhorar o atendimento diminuindo a distância entre as agências, será inaugurada, em breve, uma unidade do banco em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

“Com o pedido para ampliarmos as operações pelas cidades teremos a agência de Governador Valadares, que ainda não temos a data de abertura, mas que nos próximos 15 dias deve ficar finalizada”, anuncia o presidente.

Segundo ele, a escolha pela cidade mineira vai de encontro ao volume significativo de negociações realizadas com empreendedores locais, além de “aspectos técnicos e geográficos de uma cidade de grande porte”, conta.

Para 2024, o presidente do banco adianta que serão abertas outras quatro agências no Vale do Rio Doce, sendo elas previstas para as cidades de Aimorés, Guanhães, Inhapim e Mantena.

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