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BATS: startup de aluguel de instrumentos musicais investe na expansão da unidade em BH

Empresa mira dobrar faturamento até 2026
BATS: startup de aluguel de instrumentos musicais investe na expansão da unidade em BH
Unidade da BATS na Savassi deve ampliar o estoque de instrumentos para atender ao crescimento da demanda em Belo Horizonte | Foto: Divulgação BATS

A BATS, startup carioca especializada no aluguel de instrumentos musicais por assinatura, após captar R$ 465 mil via crowdfunding no Mercado Bitcoin, iniciou os investimentos para expandir sua atuação no País. Do valor total da captação, realizada entre o final de 2024 e o início de 2025, a empresa investirá aproximadamente um terço, ou seja, cerca de R$ 150 mil, na expansão da unidade de Belo Horizonte.

Conforme o CEO e cofundador da BATS, Leonardo Nocito, a unidade mineira foi inaugurada no final de 2023 e é considerada promissora, já que Belo Horizonte é uma cidade com grande potencial musical. Localizada na Savassi, a loja funciona como um hub logístico para estocagem e retirada de instrumentos.

Os negócios têm prosperado na Capital. Em 2024, o faturamento mensal da empresa em Belo Horizonte girava em torno de R$ 10 mil e, atualmente, já alcança R$ 60 mil. O faturamento total da BATS, que possui quatro unidades no País, varia de R$ 200 mil a R$ 250 mil por mês, valor que deverá ser dobrado até 2026.

“Neste ano, já duplicamos o tamanho da loja de Belo Horizonte, e o plano é chegar ao final do ano triplicando o espaço, fazendo com que ela se torne a segunda maior, atrás apenas da unidade de São Paulo. Com a expansão, haverá um aumento significativo no número de instrumentos, de clientes ativos e, consequentemente, no faturamento. Nosso objetivo é investir cerca de um terço do valor captado pela BATS na ampliação da unidade”, afirma Nocito.

Leonardo Nocito
Nocito: atualmente a BATS possui cerca de 450 instrumentos em Belo Horizonte | Foto: Divulgação BATS

Ainda conforme Nocito, atualmente a BATS possui cerca de 450 instrumentos em Belo Horizonte, e a meta é alcançar 700 até o final de 2025. O número de clientes ativos na capital mineira é de aproximadamente 500, e a cidade, juntamente com São Paulo, é onde o crescimento está mais acelerado. Segundo ele, um dos fatores que impulsionaram o sucesso da empresa em Belo Horizonte foi o forte público de Carnaval, especialmente os blocos de rua.

Considerando todas as operações, a BATS conta com mais de 3 mil instrumentos em estoque, avaliados em cerca de R$ 4 milhões. Além de Belo Horizonte, a empresa possui hubs também no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba. A projeção é alcançar 5 mil instrumentos até o fim de 2025, com meta de 15 mil até 2026.

O crescimento é sustentado pelo modelo de negócios da BATS, que permite o acesso a diversos instrumentos musicais a preços acessíveis e de forma descomplicada, já que todo o processo de escolha e contratação é on-line. A startup oferece planos de assinatura mensal ou anual, com entrega e retirada dos instrumentos na casa do cliente ou em pontos parceiros.

O sistema de assinatura, conforme Nocito, permite que os clientes experimentem diversos instrumentos, ajudando-os a definir suas preferências. Também é possível adquirir os instrumentos, abatendo parte do valor já investido na assinatura. Os preços de aluguel variam de R$ 50 a R$ 300 por mês, dependendo do plano e da categoria do instrumento.

Enquanto o aluguel mensal de violões e guitarras mais simples custa entre R$ 50 e R$ 80, pianos digitais e baterias eletrônicas – que são os carros-chefe – podem custar entre R$ 150 e R$ 280. Instrumentos como saxofones são mais caros, variando de R$ 200 a R$ 300 por mês.

“Nosso objetivo é democratizar o acesso à música, reduzindo as barreiras de entrada para iniciantes e pais que desejam introduzir seus filhos ao universo musical. Na BATS, as pessoas conseguem experimentar diversos instrumentos a preços acessíveis”, explica Nocito.

Parte dos instrumentos pertence ao próprio acervo, enquanto outra parte é disponibilizada por pessoas físicas que encontram na plataforma uma forma de rentabilizar equipamentos parados.

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