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Belotur reúne trade para elaborar plano estratégico

Conferência consolida um processo participativo de construção de políticas públicas
Belotur reúne trade para elaborar plano estratégico
Crédito: IEPHA/ Lucia Sebe

Belo Horizonte realiza a primeira edição da sua Conferência Municipal de Turismo entre os dias 5 e 7 de dezembro. O evento, realizado pela Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), tem como objetivo a elaboração do Plano Estratégico de Turismo de Belo Horizonte 2023/2027, que irá nortear as políticas públicas de longo prazo para o setor no município.

De acordo com o diretor de Políticas Públicas de Turismo e Inovação da Belotur, Marcos Boffa, a Conferência vem consolidar um processo participativo de construção de políticas públicas empreendido pela Belotur ao lado de instituições e agentes do setor de turismo, ao longo de 2020 e 2021, por meio do Programa Dialoga Turismo.

“A Conferência é para membros do trade turístico, estudantes, academia e todos aqueles que de alguma forma se relacionam com a cadeia produtiva do turismo na Capital. O Plano Estratégico é um documento que consolida um processo que é o Dialoga Turismo, realizado entre 2020 e 2021. Chegamos à Conferência após um processo com oficinas com o corpo técnico da Belotur e questionários junto ao setor. Vamos apresentar um rascunho que vai ser discutido, no final de janeiro, e levado para uma consulta pública aberta. Em março, ele será entregue ao Conselho Municipal de Turismo. Depois disso, o Plano servirá para nortear as ações públicas e privadas do setor de turismo em Belo Horizonte. A política de regionalização do turismo feita pelo Ministério exige a existência deste plano, inclusive para recebermos a certificação de circuito turístico”, explica Boffa.

A programação da Conferência está dividida em três eixos: “Oferta turística”, no dia 5; “Promoção e comercialização”, no dia 6; e “Governança turística”, no último dia 7. No primeiro dia será realizado o painel “Inspirações para a inovação das experiências turísticas”, com a participação da pesquisadora em turismo, gastronomia e sustentabilidade, Ana Paula Jacques. Ela é líder do Grupo de Pesquisa Foodies (CNPq/IFB) e idealizadora do food lab “Comida pra Pensar” e curadora do projeto “Cerrado no Prato”. Com ela no painel, está o turismólogo especializado em desenvolvimento local e consultor da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg). O debate será mediado pela presidente da Associação de Cultura Gerais (ACG), Mírian Rocha.

O segundo dia vai receber o painel “Estratégias para o marketing turístico”, com o sócio da Bloom Consulting, Caio Esteves; e o consultor e palestrante em marketing digital para o turismo, Thiago Akira. A conversa será mediada pela turismóloga Isabella Ricci.

No dia 7 o painel será: “Superando desafios para a cooperação no turismo”, mediado pelo CEO do BH Airport, Kléber Meira, e vai contar com a coordenadora do Programa de Regionalização do Ministério do Turismo, Ana Clévia Guerreiro, e a coordenadora-geral do Instituto Polo Internacional Iguassu e diretora técnica da Instância de Governança Regional Cataratas & Caminhos, Fernanda Fedrigo.

“Esses são eixos que trabalhamos nas câmaras setoriais do Conselho Municipal de Turismo. Em linhas gerais eles dizem respeito à oferta, à demanda e à governança. Não há como você desenvolver um deles sem os outros dois”, destaca.

No início da tarde do dia 5 será lançado o “Catálogo de experiências turísticas de Belo Horizonte”, a publicação, que também ficará à disposição do público após o evento na internet, é dedicada aos profissionais do trade, especialmente os agentes de viagem.

“O Catálogo é um projeto da Belotur que propõe repensarmos a oferta turística da cidade no pós-pandemia. Nesse período tivemos um reforço do turismo de lazer, principalmente pela força da cultura e gastronomia da cidade. Já o turismo de negócios vem sendo retomado de forma mais lenta. Temos que estruturar a nossa oferta para essa nova realidade. Temos o programa BH Receptiva, que convida os receptivos para repensarmos a oferta, fazermos um inventário do que existe e do que ainda pode ser ofertado. É importante lembrar que esses receptivos de BH operam também o catálogo do Estado. Em turismo tudo está ligado. Belo Horizonte tem o papel de ser a principal porta de entrada de Minas Gerais. Ao fim, o que desejamos é que o turismo se realize como um motor de desenvolvimento econômico e social. A cidade que é boa para os seus moradores, é boa para o turista”, completa o diretor de Políticas Públicas de Turismo e Inovação da Belotur.

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