BH receberá a cobertura 5G DSS da TIM

O tema central do encontro de fim de ano da operadora Tim Brasil com a imprensa foi o futuro. Apesar de toda a turbulência de 2020, a conversa girou em torno da compra de ativos da Oi, que acaba de ser concretizada, mas que será efetivada e terá consequências sobre os clientes das duas operadoras no ano que vem, e o aguardado leilão da banda de 5G previsto para o primeiro semestre de 2021.

Também na coletiva, a TIM anunciou a expansão da cobertura 5G DSS para 12 cidades brasileiras. A partir deste mês, clientes em Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba poderão ter acesso, sem custos adicionais, a uma nova experiência de conectividade com o 5G DSS (ativação da tecnologia 5G sobre as frequências atuais 4G), que evoluirá com a chegada do 5G. Até março, a expansão englobará ainda pontos em Brasília, Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Campinas, Santos e Florianópolis.

Em Belo Horizonte, as áreas de cobertura englobam alguns dos mais relevantes marcos, como as praças da Estação, Liberdade e Savassi. De acordo com o CTIO da TIM Brasil, Leonardo Capdeville, a ativação da rede 5G DSS faz parte da estratégia da companhia, iniciada com os estudos pioneiros do 5G no Brasil, realizados em parceria com o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas.

“O 5G DSS é uma tecnologia que vai nos ajudar a entender a percepção e necessidades do público quanto ao 5G. Nos prepara para quando ele chegar. Temos todo o cuidado para explicar para os nossos clientes e a sociedade que esse não é o 5G em todas as suas potencialidades. Não queremos que as pessoas se frustrem por não terem a entrega prometida pelo 5G. Além disso, essa oferta não será possível em toda a cidade. Cada uma delas terá regiões definidas”, explica Capdeville.

Em outubro, a TIM iniciou um piloto inédito com clientes em Itajubá, no Sul de Minas, além de Bento Gonçalves (RS) e Três Lagoas (MS), de um novo serviço já com equipamentos 5G para testarem a banda larga residencial de altas velocidades através da rede móvel com a tecnologia FWA.

“Os resultados estão sendo extremamente positivos, confirmando que estamos no caminho certo. Vamos continuar ampliando a cobertura 5G DSS até a chegada do 5G de verdade. A TIM está pronta para toda essa revolução e vamos assumir o protagonismo no 5G assim como fizemos no 4G”, completou o CTIO da TIM Brasil.

Girasole não estamos trabalhando com a hipótese de judicialização | Crédito: Diivulgação/Tim

Divisão de mercado – Os ativos da rede móvel da operadora Oi foram arrematados pelo consórcio das empresas Tim, Vivo e Claro por R$ 16,5 bilhões, durante leilão realizado pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O negócio envolveu Ativos Móveis, Torres, Data Center.

Segundo o VP de Assuntos Regulatórios e Institucionais da Tim, Mario Girasole, apesar de alguns analistas de mercado afirmarem que a compra pode acabar na Justiça, o consórcio não trabalha com essa hipótese. A divisão da base de clientes está sendo feita de modo a não criar empresas dominantes regionalmente, privilegiando a concorrência entre as operadoras.

“Esses pleitos têm pouca lógica e temos confiança de termos feito um trabalho preventivo para construir uma operação robusta. Não estamos trabalhando com a hipótese de judicialização. O que nos interessa agora é continuar oferecendo aos clientes da nossa base e para os que vêm da Oi a melhor experiência. O cliente é sempre soberano para escolher sua operadora. Estamos estudando como espelhar as ofertas dentro de cada base. Ainda não temos os detalhes, mas é um tema bastante significativo”, pontuou Girasole.