BHub planeja iniciar operações no México

Ao sentir na pele as dificuldades trazidas por uma falta de organização mais efetiva na hora de fechar uma negociação de venda de uma empresa, o empreendedor mineiro Jorge Vargas Neto viu ali uma oportunidade. Assim como ele, gestores à frente de empresas de diferentes portes têm nas operações administrativas um verdadeiro “calcanhar de Aquiles”. Seja em épocas de crise, quando todo o esforço se volta para a produção e comercialização, ou quando a maré é positiva e a ordem é aproveitar o bom momento para vender mais, muitas empresas – principalmente as menores – não encontram tempo para se dedicar à gestão. Foi assim que surgiu a BHub.
O objetivo da startup é oferecer soluções completas de back office no modelo de assinatura mensal, também conhecido como o “back office as a service” ou Gestão Por Assinatura (GPA). Com foco em startups e pequenas e médias empresas (PMEs), a plataforma oferece acesso a um dashboard customizado para monitoramento em tempo real dos principais KPIs financeiros. O sistema conta também com chat que permite a solicitação sob demanda de relatórios, entre outras atividades relacionadas à operação de back office 24/7. A equipe da BHub é composta por engenheiros, contadores e advogados.
“Quando estávamos fechando o negócio, levamos os documentos para o contador e percebemos que existiam vários erros ao longo da existência da empresa. Precisamos refazer a documentação e aquilo causou atrasos e retrabalho. Foi a partir disso que começamos a pesquisar essa questão. Fizemos uma campanha para buscar empreendedores que tivessem problemas parecidos. Tivemos mais de 500 contatos e fizemos 314 entrevistas. Vimos que o problema existia. Nascemos em julho de 2021 e hoje temos um time com 80 pessoas e 260 clientes, com uma taxa de 50% de crescimento ao mês”, explica Vargas Neto.
São diversas soluções que vão desde um pacote inicial para abertura de empresa, equipe financeira, contabilidade e até assessoria jurídica.
A BHub foi investida por dois dos maiores fundos do Brasil, Valor e Monashees e empreendedores de unicórnios como iFood, Vtex, Ualá e Rappi em rodadas de R$ 23 milhões e R$ 118 milhões.
As metas da empresa para 2022 são: atingir 3 mil clientes e gerar mais de R$ 50 milhões de economia/mês para os clientes que utilizam a plataforma da BHub e iniciar operações no México até o fim do ano.
“A contabilidade nasce de um dever que a gente tem enquanto empresário, que é ter as contas aprovadas e registradas. O contador é um profissional essencial, só que essa é uma profissão que evoluiu pouco nos últimos tempos. Outro ponto é que a contabilidade olha sempre para o passado. A BHub nasceu para ser o braço direito do empreendedor. Fazemos as guias, pagamentos, folha, admissões. Procuramos ser mais estratégicos, transformando dados em conhecimento entregue por meio dos relatórios. Fazemos toda a parte financeira, contábil, fiscal, registros e departamento de pessoal”, completa o cofundador da BHub.
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