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Biomm fecha 3º trimestre com crescimento de 82% no lucro bruto

Substituição do mercado de insulina humana pela insulina glargina impulsionou resultados no período
Biomm fecha 3º trimestre com crescimento de 82% no lucro bruto
Foto: Reprodução/Site Biomm

O lucro bruto da Biomm alcançou os R$ 8,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 82% na comparação com os resultados da pioneira em biotecnologia no Brasil durante o mesmo período de 2022. Segundo informações da empresa do setor de biomedicamentos, o crescimento está associado ao aumento no volume de vendas com a substituição do mercado de insulina humana pela insulina glargina, além da redução do custo médio de aquisição de produtos vendidos.

A receita líquida da Biomm registrou aumento de 7,8% no terceiro trimestre de 2023 se comparada com o mesmo período do ano anterior, alcançando a marca de R$ 33,1 milhões. O resultado também está relacionado ao maior volume de venda nos três meses em questão, além do aumento do preço de venda do Herzuma e variação do mix de produtos comercializados. De acordo com os dados divulgados, o volume comercializado da marca Herzuma no período cresceu 81% na franquia de oncologia e, em diabetes, o incremento de vendas foi de 25%, alavancado pelo Glargilin, ambas comparações com o terceiro trimestre de 2022. Já o antitrombótico Ghemaxan apresentou redução de 29% nas vendas na mesma base comparativa.

Neste contexto, o CEO da Biomm, Heraldo Marchezini, afirma que a empresa segue buscando consolidar o portfólio com terapias avançadas que contribuam para a promoção da saúde e ampliação da oferta de biomedicamentos. “A Anvisa aprovou, recentemente, a certificação de boas práticas de fabricação da Bio-Thera Solutions, responsável pela fabricação do medicamento oncológico Bevacizumabe, que será distribuído com exclusividade pela Biomm no Brasil”, conta.

O balanço divulgado pela empresa especializada em biotecnologia mostra ainda que as despesas gerais e administrativas somadas com despesas de vendas e outras despesas, somaram R$ 27,9 milhões no terceiro trimestre deste ano, frente R$ 28 milhões registrados nos mesmos três meses de 2022, uma redução de 0,3%. Segundo a Biomm, a queda é resultado, principalmente, da redução das perdas de medicamentos por avarias e prazo de validade ocorridas em 2022, compensado pelo aumento em despesas de marketing e propaganda no período.

Em relação ao EBITDA do terceiro trimestre de 2023, o resultado foi negativo em R$ 17,1 milhões, na comparação com os R$ 20,5 milhões do mesmo período do ano anterior. A variação pode ser explicada pelo aumento da receita líquida em razão do maior volume de vendas e substituição de mercado do Wosulin pelo Glargilin, além da redução do custo médio de aquisição de produtos e queda das despesas operacionais da companhia.

Investimentos da Biomm em biotecnologia para produção em Nova Lima

A Biomm concluiu o processo de validação e certificação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a produção e comercialização de medicamentos biológicos na fábrica em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A conclusão do processo permite que as atividades de fabricação do produto acabado para comercialização no território nacional sejam iniciadas.

Com investimentos de US$ 90 milhões, a fábrica tem capacidade para produzir o equivalente a até 20 milhões de frascos e 20 milhões de carpules (seringas) de biomedicamentos por ano. A companhia finalizou a produção dos três lotes sequenciais de Glargilin, atestando a robustez do processo de fabricação, bem como demonstrando atendimentos às especificações técnicas exigidas pela legislação regulatória. Segundo informações da Biomm, os testes de estabilidade inicial de Glargilin fabricados na planta de Nova Lima também foram concluídos satisfatoriamente.

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