Biomm reduz prejuízo em 28% no 1º semestre de 2025

A Biomm, farmacêutica especializada em biomedicamentos e com fábrica em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), reduziu o prejuízo ao longo do primeiro semestre de 2025. Conforme os resultados divulgados, a indústria registrou prejuízo de R$ 25,4 milhões entre janeiro e junho de 2025, valor 27,9% menor que o observado em igual intervalo do ano passado. No segundo trimestre, o prejuízo foi de R$ 13,7 milhões, ante R$ 18,2 milhões observados entre abril e junho de 2024.
O CFO da Biomm, Marcelo Sáfadi, explica que a redução do prejuízo no primeiro semestre de 2025 é resultado principalmente da combinação entre maior eficiência operacional, melhora do lucro bruto e significativa redução das despesas gerais, administrativas e de vendas, que recuaram 25% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2024.
“Mesmo com o impacto da descontinuação do Herzuma, desde o final de 2024, sobre a receita, o avanço da participação de mercado nas franquias de diabetes e trombose e o controle mais rigoroso de custos contribuíram para reduzir o ritmo das perdas e melhorar a tendência dos resultados.”
A Biomm também registrou um Ebitda negativo no segundo trimestre, de R$ 12 milhões. Ainda assim, o valor representou melhora de 31% frente ao Ebitda negativo de R$ 17,3 milhões no mesmo período de 2024. O resultado se deveu à redução das despesas operacionais e ao aumento do lucro bruto no período.
Impactada principalmente pela descontinuação, em dezembro de 2024, das vendas do medicamento oncológico Herzuma, que apresentava participação relevante na receita, a Biomm registrou, no segundo trimestre, receita líquida de R$ 27,2 milhões, redução de 15% frente ao mesmo período de 2024, quando a receita alcançou R$ 32,1 milhões.
No fechamento do primeiro semestre, a receita líquida alcançou R$ 66,8 milhões, queda de 5% em relação ao mesmo período de 2024, quando o valor chegava a R$ 70,6 milhões. Conforme Sáfadi, além da descontinuação do medicamento Herzuma, que contribuía de forma relevante para o faturamento, a receita ainda foi impactada pelo aumento dos custos dos produtos vendidos, em razão do início das operações de produção local.
Apesar do resultado negativo, a Biomm está avançando na participação de mercado, o que será essencial para reverter o cenário. “A Biomm vem avançando de forma consistente em eficiência operacional e na conquista de market share de biomedicamentos em duas de suas principais franquias, diabetes e trombose, o que já se reflete na melhora dos indicadores.”
A expectativa, conforme Sáfadi, é que, por meio do fortalecimento da atuação no setor público, em razão das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo de insulinas glargina e humana, além de acordos para licenciamento de biomedicamentos no Brasil, haja uma retomada gradual dos resultados, com geração de caixa crescente e sustentação de um ciclo positivo.
“A ampliação da produção local e o contrato firmado com o Ministério da Saúde representam avanços estratégicos que devem contribuir de forma significativa para os resultados da Biomm. A produção nacional traz ganhos importantes em eficiência, ao reduzir a dependência de importações e ampliar a margem operacional, além de fortalecer a capacidade produtiva da empresa.”
O contrato da Biomm com o governo, segundo Sáfadi, assegura uma demanda consistente e expressiva, com a entrega de mais de 8 milhões de unidades apenas de insulina humana em um ano, por exemplo. “O contrato impulsiona a geração de receita e reforça o papel da Biomm como parceira-chave do sistema público de saúde. Essas iniciativas consolidam a trajetória de crescimento sustentável da companhia e seu protagonismo na indústria biofarmacêutica nacional.”
Ouça a rádio de Minas