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BK Shivani chega a Minas depois de passar por São Paulo e Bahia

Em entrevista exclusiva, a líder espiritual falou sobre o Raja Yoga como uma filosofia de vida, entre outros temas ligados à espiritualidade
BK Shivani chega a Minas depois de passar por São Paulo e Bahia
Crédito: Arquivo pessoal

A líder espiritual BK Shivani, uma das palestrantes mais influentes da Índia, desembarcou no Brasil e, depois de passar por Serra Negra (SP), Salvador e São Paulo, chega a Belo Horizonte para uma palestra no dia 14 de maio. O evento acontece no Cine Theatro Brasil, no hipercentro. A sessão, marcada para as 19 horas, será gratuita mediante inscrição.

Depois da capital mineira, BK Shivani retorna a São Paulo para mais uma palestra.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio, ela falou sobre o Raja Yoga como uma filosofia de vida, sobre redes sociais e, principalmente, como a diversidade brasileira pode ser um caminho para a espiritualidade.

Esta é sua primeira vez no Brasil? Quais são suas expectativas?

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Sim, esta é minha primeira visita ao Brasil. O País, com sua energia vibrante e profundas tradições espirituais, é um lugar onde as almas buscam a verdade com entusiasmo e abertura. Portanto, é uma oportunidade de experimentar a profundidade da conexão humana e a beleza da diversidade cultural. Estou ansiosa para compartilhar o que aprendi na Brahma Kumaris e para obter insights das perspectivas e experiências das pessoas daqui. Todo intercâmbio é uma jornada de crescimento, e estou ansiosa para abraçá-la com gratidão.

Hoje, em todo o mundo, há muita discussão sobre o papel e o poder da mídia social. Você tem milhões de seguidores e usa as redes para levar sua mensagem a muitos lugares diferentes. Que conselho você dá aos seus seguidores sobre como usar a tecnologia para que ela seja uma ferramenta que leve ao conhecimento?

A mídia social reflete nosso mundo interior – nossos pensamentos, escolhas e prioridades. Quando usada com intenção pura, ela se torna uma ferramenta poderosa para aprender, elevar e capacitar a nós mesmos e aos outros. As informações criam nossos pensamentos, os pensamentos criam nossas ações e as ações criam nosso destino. Portanto, as informações que consumimos estão moldando nosso destino a cada momento.

As informações são nossa dieta emocional e, portanto, nos tornamos o que lemos, assistimos e ouvimos. Assim como estamos atentos aos alimentos que ingerimos – escolhendo nutrição em vez de toxinas -, também devemos estar conscientes do conteúdo que absorvemos. Devemos nos abster de conteúdo que represente toxinas emocionais – raiva, agressão, dor, medo e preocupação -, escolhendo conteúdo que nutra a paz, a compaixão e a felicidade. A partir daí, nossas ações se alinharão com as vibrações mais elevadas e o destino será nossa escolha.

O Brasil é um país multiétnico, com inúmeras religiões com as mais variadas raízes. Qual é a importância da espiritualidade para o autoconhecimento e como podemos garantir que a riqueza da diversidade não se perca em um mundo cada vez mais polarizado e intolerante com o diferente?

A espiritualidade é uma jornada interior de autoconsciência, na qual entendemos quem realmente somos. Além de nossos rótulos de nacionalidade, religião, raça ou gênero, somos todos almas – seres de paz, amor e pureza. Essa consciência é a base do autoconhecimento. Quando começamos a nos ver como seres espirituais, naturalmente começamos a ver os outros da mesma forma.

Em um país tão maravilhosamente diverso como o Brasil, essa perspectiva espiritual é imperativa porque a diversidade não é uma ameaça, é uma dádiva. Para proteger a riqueza da diversidade, a espiritualidade nos ajuda a nos tornarmos encarnações do amor, do respeito e da aceitação de que cada alma está em sua própria jornada única.

Tornamo-nos intolerantes quando nos esquecemos do eu – quando o ego, o apego e o medo dominam nosso pensamento. Mas a espiritualidade é a prática de lembrar que somos todos almas iguais. Essa consciência nos permite escolher a unidade em vez da divisão, a paz em vez do conflito e a compaixão em vez da retaliação.

Como o Raja Yoga e a prática da meditação que você está trazendo para o Brasil podem contribuir para tornar a sociedade mais equilibrada e humana?

A meditação é uma preparação para viver no mundo com estabilidade, clareza e compaixão. E o Raja Yoga não é apenas uma meditação – é um modo de vida. É a arte de gerenciar o eu com amor e sabedoria. Em um mundo em que muitos tentam controlar os outros, o Raja Yoga nos ensina gentilmente a dominar primeiro nossos próprios pensamentos, sentimentos e respostas.

A prática do Raja Yoga nos reconecta ao nosso estado original – um estado de paz, amor, pureza e poder. Quando meditamos, lembramos: sou uma alma, um ser pacífico, filho do Poder Supremo. Essa lembrança nos acalma.

Quando os indivíduos começam a mudar por dentro, a sociedade começa a se transformar. Em um país vibrante e diversificado como o Brasil, o Raja Yoga pode trazer o equilíbrio da quietude. Ele nos ajuda a responder, não a reagir. A entender, não a julgar. A incluir, não a dividir, porque desperta as qualidades originais da alma – empatia, bondade, respeito e amor.

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