Black Friday mantém retomada das vendas de livros

O 12º Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pela Nielsen Book e divulgado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), registrou a venda de 4,11 milhões de livros, com faturamento de R$154,67 milhões, entre os dias 2 e 29 de novembro. Em percentuais, isso representa um crescimento de 20,5% em volume e de 20,8% em valor, quando comparado com mesmo período em 2019.

O resultado positivo contribuiu para a recuperação do desempenho no acumulado do ano. Nos 11 meses de 2020, foram comercializados 36,93 milhões de livros,praticamente o mesmo número de 2019. Já em valores, o setor livreiro movimentou R$1,54 bilhão contra R$1,56 bilhão em 2019, oscilação negativa de 1,14%.

“Esse ano de 2020 tem apresentado grandes desafios. A pandemia afetou frontalmente a economia e o mercado livreiro. Mas estamos recuperando o ‘tempo perdido’, nos aproximando do ponto zero em termos de valor”, afirmou o gestor da Nielsen Bookscan, Ismael Borges. “Ainda estamos negativos por conta do altíssimo nível de desconto que chega a quase 30% entre os livros mais vendidos”.

Para o presidente do SNEL, Marcos da Veiga Pereira, os números confirmam uma tendência mundial de crescimento da leitura: “Em todos os mercados mundiais temos observado o mesmo fenômeno: a pandemia resgatou o hábito da leitura, mas permanece o desafio da introdução de novos títulos no mercado. Este será o principal tema para 2021, com a reinvenção do varejo físico no Brasil”.

Esses são alguns dos dados do décimo segundo Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2020, apresentados pelo Nielsen Bookscan e pelo SNEL. Os números têm como base o resultado da Nielsen Bookscan Brasil,que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no País.