Brasil e Chile movimentam US$ 3 milhões em negócios com evento em Belo Horizonte

Com 80 novas oportunidades de negócios entre Brasil e Chile, os dois países movimentaram cerca de US$ 3 milhões durante a etapa da Chile Week Brasil realizada em Belo Horizonte, na última quinta-feira (3). O evento contou com a participação de 21 players brasileiros e dez empresas chilenas, além de mais de 100 empresários de ambos os países.
Esta foi a primeira edição do evento, que destacou não apenas o potencial de expansão comercial, mas também a importância da cooperação bilateral. De acordo com o diretor geral da ProChile, Ignacio Fernández, uma a cada dez empresas chilenas exportam para o Brasil.
“Queremos ampliar esse número, oferecendo soluções eficazes que contribuam para o desenvolvimento de ambas as economias. A forte demanda pelas rodadas de negócios realizadas na capital mineira comprova o enorme potencial de colaboração entre nossos países“, afirma.
Dentre os principais assuntos do encontro, está a cooperação entre Minas Gerais e o Chile e o fortalecimento dos laços comerciais e econômicos entre as duas regiões. A Secretária Adjunta de Estado de Desenvolvimento Econômico, Kathleen Garcia Nascimento, destaca o papel estratégico do Chile como um dos principais parceiros comerciais do Estado, uma vez que Minas exportou US$ 168,5 milhões para o país andino neste ano.
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Já a representante da ProChile em Belo Horizonte, Fernanda Franco, avalia que a Chile Week marca uma nova fase na ampliação das relações comerciais, especialmente neste ano, em que a ProChile celebra 50 anos de cooperação e promoção comercial.
“A Chile Week simboliza não apenas a continuidade, mas a expansão de parcerias promissoras entre o Chile e o Brasil. Com um horizonte de crescimento sustentável, estimamos que este evento movimente mais de US$ 3 milhões em negócios, fortalecendo significativamente as duas economias”, diz.
Rodadas de Negócios entre empresas de Brasil e Chile
O pitch comercial e as rodadas de negócios da Chile Week reuniram dez empresas chilenas e mais de 21 players brasileiros, criando um cenário fértil para parcerias estratégicas e expansão comercial.
O consultor sênior da consultoria VGT Mining, David Acuña, afirma que a empresa está otimista com as possibilidades de levar soluções diferenciadas para o mercado brasileiro de mineração.
A executiva comercial da multinacional alemã, com sede no Chile, GWE Tubomin, destaca que o mercado brasileiro é extremamente promissor para as tecnologias desenvolvidas pela empresa. “Estamos prontos para contribuir com projetos que exigem altos padrões de eficiência e inovação”, afirma.

No setor de tecnologia sustentável, a Zizcar, representada por Liliana Carter, gerente comercial, também atraiu atenções durante o evento. A empresa desenvolveu um sistema inovador que monitora em tempo real o consumo de gás carbônico (CO²) de veículos de combustão, permitindo mensurações detalhadas de emissões por veículo, combustível e outros indicadores.
“Nosso sistema é único no mundo, pois quantifica e mensura diversos indicadores que o mercado atual não considera. O diferencial é a capacidade de contribuir com empresas que adotam práticas ESG, oferecendo uma ferramenta robusta para a mitigação de emissões de CO²”, explica Carter.
A Zizcar já atende clientes de diferentes setores, como transporte terrestre e marítimo, e está em fase de estudo de parcerias no Chile, embora o país tenha forte adesão a veículos elétricos no transporte público.
Mineração e energia sustentável
A presidente da Associação Nacional de Empresas de Eficiência Energética (Anesco), Roxana Silva, falou sobre o Modelo Esco, que oferece soluções energéticas e instalações prontas para redução de emissão de CO², ajudando empresas públicas e privadas a adotarem práticas mais sustentáveis.
Já a gerente geral da Associação Gremial do Ecossistema Minerador Chileno (Minnovex), Alejandra Molina, destacou as tecnologias inovadoras que estão tornando a mineração mais sustentável.
Ela mencionou o projeto Keyflight, que foca na recuperação de minerais valiosos a partir dos rejeitos das mineradoras, e o caso do Veibo que promove soluções de controle de poeira para uma operação mineradora mais segura.
A gerente geral da Associação Chilena de Energias Solares (Acesol), Marcela Puntí, apontou como a energia solar está moldando o futuro industrial no Chile, responsável por 28,1% da matriz energética do país, posicionando o Chile como um líder em iniciativas de energia renovável.
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