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Brasil ganha 1º fundo de value investing

Brasil ganha 1º fundo de value investing
Crédito: Divulgação

A Mercurius Crypto lançou o primeiro fundo de gestão ativa fundamentalista em cripto que adapta a estratégia de value investing – tese de investimentos comum em ações – para o mercado de criptomoedas. A aplicação pioneira no Brasil, inicialmente, contará apenas com o capital dos sócios, sendo aberto aos demais investidores qualificados e institucionais ao longo deste ano.

“Acreditamos que gestão ativa é o futuro do mercado e queremos estar presentes na largada para sermos os melhores”, diz o CEO da Mercurius Crypto, Gabriel Faria. A lista de espera para os interessados em investir já está disponível.

De acordo com o executivo, criptoativos não são apenas moedas, são também como ações de empresas que geram receita, fluxo de caixa e pagam dividendos. «O setor que mais acreditamos dentro de cripto possui apenas 2 milhões de usuários e gerou mais de US$ 1 bilhão em receita apenas em 2021. Existe uma alta assimetria entre preço e valor e é nisso que queremos atacar, buscando retornos no longo prazo”, afirma.

O novo fundo é regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e foi desenvolvido em parceria com uma gestora de recursos independente, value investors do mercado de ações. Diferente do que os outros players vêm fazendo atualmente, o fundo tem o objetivo de encontrar ativos fora do radar ou de baixo market cap que possuem vantagens competitivas e potencial para serem os melhores em seus segmentos dentro do mercado de cripto.

A ação disruptiva adapta a tese de investimento do value investing para este novo mercado, inclusive com hedge (proteção de carteira), outra inovação que deve ajudar a tornar a marca, que até então atuava como casa de análise e pesquisa, referência nacional em gestão de criptoativos. “O hedge nos permite proteger o portfólio em momentos de irracionalidade do mercado. Quando cai muito, por exemplo, podemos ter mais caixa para comprar bons ativos a preços baixos”, explica Faria.

Entre os diferenciais da aplicação, Faria destaca a celeridade em pesquisar e analisar o mercado de criptoativos, ação que permite levantar informações e novidades até três dias antes das demais casas do segmento. “As maiores criptomoedas em market cap não são, necessariamente, as melhores. Buscamos os dados na fonte, conhecer os fundadores, representantes e desenvolvedores dos projetos, para assim identificar os ativos que possuem valor, mas que ainda não receberam a devida atenção», diz o especialista.

Em 2020, a análise da equipe em relação ao Ethereum, por exemplo, levou os investidores que acompanhavam os conteúdos da Mercurius a ganhos significativos. Antecipando a expectativa geral, os analistas da casa encontraram mudanças estruturais no ativo que tornavam viável o investimento no preço de US$ 400. Dentro de apenas seis meses, o ativo chegou a US$ 4 mil.

“Nossa expertise em produzir conteúdos assertivos nos ajudou a estruturar uma estratégia sólida para encontrar o valor intrínseco dos mais diversos ativos digitais para o longo prazo e, segundo a PwC, os fundos Long Only com seleção de ativos superaram todas as outras estratégias ativas em performance envolvendo cripto nos últimos anos, apesar de representarem apenas 20% do mercado de fundos”, destaca.

Diferente de todos os fundos brasileiros que possuem como benchmark, principalmente, o CDI, o novo fundo é o primeiro do mundo a ter como objetivo superar o Nasdaq Crypto Index – NCI, mesmo índice do HASH11, ETF de cripto lançado recentemente na bolsa brasileira. Diferente da maioria dos fundos neste segmento, a aplicação irá investir até 100% do capital em criptomoedas.

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