Cabines de descanso chegam ao BH Airport até dezembro; veja como vão funcionar

Quem nunca enfrentou horas em um aeroporto, seja aguardando uma conexão ou em razão de um voo atrasado ou cancelado, sem conforto e preocupado com as malas? Uma opção, com custo nem sempre acessível, são as salas VIPs. Outra alternativa para quem busca segurança e privacidade nos aeroportos são as cabines privativas de descanso.
O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport), em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), vai receber nove cabines de descanso até o fim do ano. O investimento de quase R$ 800 mil, feito pela pernambucana Siesta Box, permitirá a instalação dos equipamentos no primeiro piso, em frente ao check-in da companhia Azul.
A empresa também opera em Recife (PE), Campinas (SP) e Brasília (DF). De acordo com o sócio-fundador da Siesta Box, Tuca Paes de Andrade, “pousar” no BH Airport era um desejo antigo, e as conversas tiveram início em 2022.
“O aeroporto de Belo Horizonte é grande e movimentado, o que é importante para nós. Mas acreditamos no destino, principalmente porque esse era um pedido dos nossos clientes. Já cercamos a área e estamos aguardando a homologação dos contratos para iniciar a instalação. Já fizemos o levantamento dos fornecedores locais e o que levamos da matriz é a tecnologia”, explica Andrade.
Em 2024, o BH Airport bateu recordes em movimentação de passageiros e cargas. Cerca de 11,3 milhões de pessoas passaram pelo terminal internacional mineiro entre janeiro e novembro de 2024, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2023. Na movimentação de cargas, o salto foi de 26% no comparativo com o ano anterior, alcançando o patamar de 15 mil toneladas processadas, no consolidado de janeiro a novembro de 2024.

As cabines de cinco metros quadrados oferecem uma opção de descanso individual, com TV a cabo, ar-condicionado e cama. Os pets são bem-vindos, e pessoas com mobilidade reduzida têm acesso a uma cabine adaptada com cama de casal. O custo para o passageiro é de, em média, R$ 75 por hora, a depender do modelo escolhido (com cama ou beliche).
A reserva da cabine de descanso é feita por meio do site da Siesta Box, que gera um e-mail com as informações do aeroporto, hora de chegada, tempo reservado e um link para o destravamento do equipamento. A reserva pode ser cancelada ou alterada até 15 minutos antes do início.
A expectativa é que, a partir da inauguração, a Siesta Box estabeleça parcerias com restaurantes e outros serviços que atuam dentro do aeroporto. Assim, cardápios e acessos exclusivos serão oferecidos aos clientes, e os produtos entregues dentro das cabines.
“Não concorremos com a hotelaria. A cabine de descanso é para quem vai passar um tempo no aeroporto e não tem a intenção ou a opção de sair dele. Por isso, o tempo máximo de reserva é de 12 horas. Ao mesmo tempo, queremos potencializar o ecossistema do aeroporto a partir dos negócios que já estão lá e não concorrer com eles”, pontua.
Novos negócios
Nos últimos meses, a companhia de Pernambuco desenvolveu o plano de franqueamento da marca, lançado no fim de fevereiro. Desde então, mais de 250 leads foram gerados. O investimento médio para o franqueado é de R$ 700 mil.
Enquanto prospecta novos aeroportos e parceiros, o empresário desenvolve novos modelos para levar as cabines de descanso a outros espaços, além dos aeroportos. Com expectativa de lançamento até o fim do ano, o projeto Siesta Eventos mira o mercado de eventos sociais e corporativos.
“Estamos desenvolvendo uma estrutura desmontável em duas horas. Ela será móvel e poderá ser montada em um casamento na praia ou em um festival de música, por exemplo. Vamos testar esse modelo, e o objetivo é realizar os primeiros eventos ainda este ano”, anuncia o sócio-fundador da Siesta Box.
Ouça a rádio de Minas