Calçados esportivos de nicho são especialidade da Foost Fitness

Atender um público pequeno e muito exigente foi a opção do empresário Daniel Moreira ao criar a Foost Fitness. A marca de calçados esportivos, nascida em Morro Reuter, no Rio Grande do Sul, surgiu para atender os atletas da modalidade Levantamento de Peso Olímpico (LPO), com a linha Lifter, e avança para outros esportes com o lançamento da linha especial para corridas, em setembro.
Junto ao lançamento, a marca – que é uma nativa digital – se prepara para a abertura de uma loja conceito em Belo Horizonte nos próximos meses. O primeiro passo já foi dado com a abertura de um escritório comercial na Capital. Minas Gerais representa o terceiro mercado da Foost, ficando atrás somente do Rio de Janeiro e de São Paulo.
“Eu praticava crossfit e, nele, uma das atividades é o levantamento de peso. Para ter a melhor performance e garantir segurança é necessário um calçado especial. Ao importar um par, percebi que era possível produzir algo tão bom quanto e busquei conhecimento e parcerias pra isso. Foi assim que encontrei um designer francês e desenvolvemos o projeto todo remotamente”, explica Moreira.
O calçado para a prática do LPO precisa ter solado plano, rígido e incompressível. São características que garantem a segurança e o bom desempenho dos usuários. O Lifter é uma sapatilha de levantamento de peso de solado rígido utilizada também como um tênis para agachamento, com altura efetiva do calcanhar de 27 milímetros.
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Para começar a produção, foi feita uma parceria com uma fábrica no polo calçadista gaúcho, especializado em calçados esportivos. A especificidade do produto, porém, fez com que o acordo chegasse ao fim. Outras tentativas foram feitas, mas a solução só veio com a construção de uma planta própria. Hoje, a indústria atende às necessidades da Foost Fitnesse e outras pequenas marcas de calçados.
Logo de cara, contando com a força da internet, o produto foi percebido por um importador norueguês que fez a primeira encomenda internacional. Hoje, cerca de 4% do faturamento da Foost vêm das exportações, especialmente para os Estados Unidos.
“Comecei dentro da comunidade do crossfit e fazendo divulgação nas redes sociais. Aí veio a construção de marca. Logo no início, sem foco algum para o exterior, fui acionado pela Noruega. Apesar da dúvida, aceitei a fazer a exportação. Atendemos esse cliente até hoje. Ainda assim, o nosso foco é o Brasil”, pontua.
A Foost Fitness já chegou aos Jogos Olímpicos. Em 2021, a atleta brasileira Natasha Rosa Figueiredo, a número 12 no Mundial de LPO, usou o tênis em Tóquio. A expectativa é que o feito se repita em 2024, na França, com as atletas Luiza Dias e Natasha Rosa Figueiredo, que estão em busca do índice olímpico.
Viabilizada a partir de capital próprio, a Foost encerrou 2022 com um crescimento de 64% em comparação ao ano anterior. O fundador projeta vendas de 1.500 pares em 2023, incluindo a linha Trainer e seus modelos Trainer HD, com tecido desenvolvido na França para suportar movimentos que demandam alta resistência, e Trainer Knit, e a casual sustentável Urban, feita de juta e lona. Com foco em esportes de nicho, o próximo lançamento já está sendo desenvolvido. Dessa vez para quem corre em trilhas.

“Nosso objetivo é ter uma loja conceito que não apenas apresente os produtos mas que seja também um espaço para que os clientes experimentem, possam praticar o esporte usando os nossos calçados. A partir disso, podemos pensar em um modelo de expansão por franquia ou licenciamento, por exemplo. Mas tudo isso será feito com calma. O momento é de focar no lançamento e na loja de Belo Horizonte”, completa o fundador da Foost Fitness.
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