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Capacidade de adaptação garante recorde na abertura de empresas

Capacidade de adaptação garante recorde na abertura de empresas
Para Penido, empreendedorismo é a chave para a retomada econômica em todos os setores | Crédito: Natalia Diniz

O Brasil registrou o melhor desempenho da década na abertura de empresas em 2020. De acordo com dados do boletim anual do Mapa de Empresas, divulgado pela Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o País tem mais de 20 milhões de negócios em atividade, tendo criado 3.359.750 novas empresas no ano passado – um recorde.

Para o diretor dos polos Centro, Venda Nova e Eldorado do Centro Universitário Internacional Uninter, Gustavo Penido, esse resultado só foi possível graças à grande capacidade de adaptação dos empreendedores brasileiros. “Todos os setores foram afetados de alguma forma durante a pandemia. Precisamos nos adequar de forma rápida para não perder tudo que construímos ao longo de vários anos”, revela.

Segundo Penido, os setores da economia tidos como não essenciais foram os que mais sofreram o baque. “A educação foi um deles. Para sobreviver, convivemos diariamente com redução de custos, adaptação a MPs, readequação no quadro de colaboradores, normas contábeis e jurídicas, renegociação de aluguéis, análise de custos, comunicação e motivação da equipe…Um leão para vencer a cada dia.”

Mas todo esse trabalho tem valido a pena. “Observamos um aumento importante no número de alunos durante a pandemia. Além disso, o mercado passou a acreditar mais no EAD, sendo essa a única opção nesse período”, observa.

Crise que fortalece – Graças a essa dedicação de empreendedores como ele, Penido acredita que algumas empresas vão sair da pandemia ainda mais fortalecidas. “O mercado de trabalho, de forma gradual, vai absorver a mão de obra que hoje está desempregada e a roda da economia voltará a girar. Por aqui, já planejamos aumentar a parceria com o Centro Universitário, seja ofertando cursos de Saúde ou, ainda, com a criação de mais algum polo que seja necessário”, conta.

Mas, para que as empresas consigam se reerguer, é preciso que haja um trabalho conjunto. “Até agora, não houve união em prol do crescimento econômico. Por isso, acredito que menos Estado e mais empreendedorismo seja a solução. Nunca foram vistas tantas mudanças, de forma tão rápida, no comportamento do consumidor, e uma igualmente ágil adaptabilidade do mercado. Já mostramos que somos capazes. Agora, precisamos que cada ente federativo saiba o seu lugar e que todos trabalhem em conjunto para a retomada econômica de todos os setores”, finaliza Penido.

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