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Capitalismo Consciente debate o verdadeiro papel dos líderes para um mundo mais justo, em BH

O gestor sagaz observa a relação, constrói com os colaboradores, com os fornecedores, com a sociedade civil; ele gera a possibilidade de mudança na sociedade
Capitalismo Consciente debate o verdadeiro papel dos líderes para um mundo mais justo, em BH
Crédito: Reprodução Pexels

O evento “Conexões com Propósito – Capitalismo Consciente em Ação”, que aconteceu sexta-feira (20), em Belo Horizonte, reuniu empresários, acadêmicos e outros interessados para a palestra da CEO do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB), Daniela Garcia.  A apresentação foi sobre o papel das empresas na construção de uma sociedade capaz de atender às demandas sociais e ambientais urgentes, distribuindo riqueza e qualidade de vida para todos. 

“O processo produtivo está superacelerado e a gente vive em um mundo complexo, que gera uma ansiedade brutal. É, realmente, difícil permanecermos focados. Temos uma grande dificuldade para entender o impacto que cada decisão que tomamos – e a omissão é também uma decisão – tem sobre todos. Saber como podemos atuar sobre este sistema econômico fazendo com que ele agregue prosperidade para todos aqueles que estão ao nosso redor. Cada liderança, cada empresário, tem um grande impacto sobre o futuro da sociedade”, explicou Daniela Garcia.

Daniela Garcia
Daniela Garcia: ESG é cultura | Crédito: Diário do Domércio / Daniela Maciel

Assim, segundo ela, uma empresa consciente se reconhece como tal quando entende o motivo pelo qual existe, que tem propósito e se pergunta qual o seu papel na sociedade para muito além do produto que vende ou serviço que presta. Empresas assim têm um líder consciente que carrega uma bandeira com esse propósito e o personifica na sua forma de atuação. É aquele líder que está completamente atento aos impactos que vai gerar a sua escolha de negócio, de posicionamento.

“Se não for coletiva, a sustentabilidade não floresce. Ela é complementar, compartilhada. Então, o líder consciente observa a relação, constrói com os colaboradores, com os fornecedores, com a sociedade civil. Ele muda todos os ponteiros da empresa porque ao construir relações de valor compartilhado, sem esquecer a performance, ele gera a possibilidade de mudança na sociedade. ESG é cultura”, pontuou a CEO do ICCB.

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O Conexões com Propósito teve o apoio do Diário do Comércio, que é associado à filial mineira do Capitalismo Consciente. De acordo com a presidente do Diário do Comércio e conselheira da Filial Minas, Adriana Muls, o encontro com lideranças do Estado foi uma grande oportunidade para falar sobre a responsabilidade de cada um no processo de transformação e a sua urgência.

Adriana Muls
Segundo Adriana Muls, a sustentabilidade passa pelo coletivo | Crédito: Diário do Domércio / Daniela Maciel

O evento dialoga com o Movimento Minas 2032 (MM2032) – pela transformação global. Liderado pelo Diário do Comércio, o MM2032 propõe uma discussão sobre um modelo de produção duradouro e inclusivo, capaz de ser sustentável, e o estabelecimento de um padrão de consumo igualmente responsável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), preconizados pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2015.

No seu próprio título – Conexões com propósito – o encontro deixou clara sua ligação com os ODS, principalmente o 17: “Parcerias e meios de implementação: reforçar os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável”.

“Ao apresentar o Capitalismo Consciente – esse movimento que traz uma nova forma de pensar e fazer negócios – falamos de propósito, de impacto e expansão de consciência pra gente saber, exatamente, qual legado vamos deixar no mundo. A sustentabilidade e essa transformação passam também pelo coletivo e as empresas precisam compreender o seu papel nesse contexto tão complexo”, avaliou Adriana Muls. 

Para a líder da Filial Regional do Capitalismo Consciente Minas Gerais, Denise Baumgratz, Minas Gerais, pela sua história e tamanho da economia, tem papel fundamental na conscientização dos tomadores de decisão dentro das empresas brasileiras. 

“O Capitalismo Consciente conversa com as lideranças que olham para todas as partes interessadas e o CRQA é sobre isso. Apresentamos o Capitalismo Consciente, que coloca as pessoas e a sustentabilidade no centro das decisões empresariais. Estamos muito felizes com a oportunidade da Daniela Garcia falar para os empresários mineiros. A Filial Minas é a primeira formada depois do Movimento se instalar em São Paulo. Queremos construir redes de parcerias. O ODS 17 fala sobre as parcerias e falamos também sobre o ODS Zero, que é a elevação de consciência para que todos os outros avancem”, destacou Denise Baumgratz.

Denise Baumgratz
Denise Baumgratz: Minas tem papel fundamental nessa conscientização | Crédito: Diário do Domércio / Daniela Maciel

O encontro foi realizado no Centro de Referência do Queijo Artesanal (CRQA), no Espaço 356, no bairro Olhos d’Água (região Centro-Sul). Inaugurado há pouco mais de um ano, segundo a sua coordenadora, Danielle Barcelos, o Centro de Referência é um espaço cultural que agrega produtos e experiências relacionadas à gastronomia mineira. O CRQA reúne exposição permanente sobre o queijo artesanal, loja colaborativa, biblioteca dedicada à gastronomia, anfiteatro para eventos, área de convivência e sala de aula completa com cozinha didática.

“Ficamos muito felizes com a escolha do nosso espaço para este evento. O Capitalismo Consciente, essa preocupação com social, com o meio ambiente, com a inserção de pessoas em vulnerabilidade, em como podemos contribuir para dar uma nova visibilidade, um novo um leque de possibilidades, diz respeito ao que fazemos aqui. No CRQA buscamos valorizar os produtos e os saberes locais para desenvolver a economia regional”, afirma Danielle Barcelos.

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