E-Motors Brasil e JMEV se unem em produção de carros elétricos com câmbio simulado para autoescolas

Foi oficializada na última segunda-feira (26), em Belo Horizonte, a parceria entre a empresa mineira E-Motors Brasil e a montadora chinesa JMEV (Jiangling Motors Electric Vehicle) para a produção em escala de veículos elétricos com câmbios que simulam um câmbio manual, voltados especialmente para autoescolas. O evento solene aconteceu no hotel Hilton Garden Inn Jardins, na capital mineira, e contou com a presença de empresários, autoridades e executivos chineses.
Idealizada pelos empresários mineiros Mercídio de Souza, natural de Divino, na Zona da Mata, e Rodrigo Pereira de Freitas, de Curvelo, na região Central de Minas, a inovação consiste em um câmbio elétrico que simula o funcionamento do câmbio de um veículo a combustão. Assim, os alunos de autoescolas podem realizar o processo de aprendizagem com a mesma dinâmica exigida nas provas práticas dos Detrans.
A tecnologia foi patenteada por Mercídio, que tem vasta experiência no ramo de formação de condutores. Ele destaca que a solução mantém a didática tradicional de ensino e ainda traz vantagens operacionais. As informações são do blog de João Carlos Amaral.
Mercado promissor
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 18 mil autoescolas registradas nos Detrans, que operam com uma frota estimada de 360 mil veículos. A substituição por modelos elétricos com câmbio manual pode representar uma mudança histórica no segmento, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental.
A fábrica dos veículos será instalada no município de Jaguaré (ES), próximo a São Mateus, enquanto a sede da E-Motors Brasil permanece em Belo Horizonte. A produção será realizada em colaboração com a JMEV, montadora chinesa que aderiu à proposta após a negociação liderada pelos próprios empreendedores mineiros.
Sustentabilidade e futuro
Além da modernização no ensino prático, a adoção de veículos elétricos com câmbio simulado tende a gerar economia significativa para os Centros de Formação de Condutores (CFCs), especialmente em um cenário de alta no preço dos combustíveis.

Segundo os idealizadores, os ganhos podem ser ainda maiores com a utilização de energia solar, o que ampliaria a redução de custos e tornaria o modelo ainda mais sustentável.
Rodrigo de Freitas afirma que a solução é inovadora, sustentável e altamente rentável, e que os investidores que apostarem nesse projeto desde o início estarão não apenas incentivando a modernização do setor, mas também garantindo retorno financeiro em um mercado carente de avanços tecnológicos.
O evento também marcou um avanço nas relações industriais entre Brasil e China, reforçando a aposta em soluções sustentáveis e tecnológicas. Para os investidores e empresários presentes, o projeto representa uma oportunidade estratégica de atuação em um mercado em transformação.
Com o sucesso da cerimônia de assinatura e a confirmação da produção, o setor de autoescolas no Brasil se aproxima de uma revolução inédita, que alia inovação nacional, parceria internacional e compromisso ambiental.
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