Certificação Nacional em Aromaterapia será lançada este ano
O uso dos óleos essenciais para a liberação de aromas com objetivos terapêuticos e cosmetológicos é milenar, porém, profissionais que utilizam essas técnicas ainda buscam reconhecimento e consolidação da atividade.
Normalmente formados em cursos livres, os aromaterapeutas estão se organizando e ganharam até um dia nacional comemorativo, celebrado no dia 19 de dezembro e comemoraram, em 2018, a entrada no Sistema Único de Saúde (SUS), como medicina integrativa.
Dados do Ministério da Saúde mostram que somente no ano passado foram capacitados mais de 30 mil profissionais. Já segundo o Instituto Brasileiro de Aromatologia (Ibra), a busca de pessoas que desejam se capacitar na área de aromatologia cresceu mais de 30% em 2018, se comparado ao mesmo período de 2017.
Em 2019, será lançada pela Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia (Abraroma) a Certificação Nacional em Aromaterapia (CertAroma), que estabelece, de forma autorregulamentada, a formação livre mínima do aromaterapeuta profissional no Brasil.
De acordo com o aromatólogo e fundador do Instituto Brasileiro de Aromatologia (Ibra), Fábián László, o mercado brasileiro tem um grande potencial ainda inexplorado por vários ângulos. O primeiro a própria diversidade da natureza brasileira. As dimensões continentais do País e a variedade de ecossistemas (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Mata dos Cocais, Pantanal, Mata de Araucárias, Mangue e Pampas) dá ao Brasil a maior diversidade aromática do mundo.
O interesse dos cientistas brasileiros também é apontado como um diferencial e, por fim, o crescente interesse do público em conhecer fragrâncias e propriedades curativas dos óleos essenciais nacionais.
“Durante muito tempo as pessoas não valorizavam os produtos locais, mas essa mentalidade vem mudando tanto na cosmética como na terapia.
Quando contabilizamos as pesquisas a respeito, o número de cientistas brasileiros é impressionante. Mas ainda falta unir todos esses interesses. E um grande passo pra isso é o reconhecimento do Ministério da Saúde da aromaterapia como medicina integrativa”, explica László.
Uma das principais dificuldades para a consolidação da aromaterapia é o registro dos produtos, normalmente classificados como alimento ou cosmético. A exigência de uma série de estudos clínicos inviabiliza a comercialização dos óleos, já que pode demorar anos até o registro final.
“São produtos de uso comum no mundo inteiro, mas que não podem ser registrados como remédio. Isso acaba tirando a credibilidade da terapia indicada. É comum receber consulta perguntando se tal produto é o mesmo indicado porque está escrito ‘cosmético’ no rótulo”, exemplifica.
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