‘O Cidadão de Bem’ é retrato literário sobre a hipocrisia

Sem perder a essência de instigar o leitor a desvendar um mistério no decorrer das páginas, em “O Cidadão de Bem” o escritor Maurício Gomyde evidencia a polarização por meio de dois personagens principais, que, embora amigos, têm posições antagônicas e divergem em quase tudo. Para o mundo, Dr. Roberto é um profissional sério e respeitado, mas em casa e nas redes sociais se manifesta como um defensor fervoroso do armamento civil, que não esconde o preconceito contra negros e homossexuais, além das atitudes elitistas.
Resistindo a cidadãos como ele, o leitor conhece Rafael, um jornalista que sonha se tornar escritor e que, mesmo tendo falhado com a família no passado, luta por um mundo mais pacífico e tolerante, não apenas para ele, mas principalmente para as filhas e as gerações futuras. A incógnita da narrativa é revelada pelo autor em doses homeopáticas. (O cidadão de bem, Maurício Gomyde, Qualis Editora, 278 páginas, R$ 44)
Veja, a seguir, outros destaques dos Livros:
Onde repousam as mentiras
Sade Hussein é uma herdeira milionária que sempre precisou estudar em casa e, agora, perdeu todos que ama. Depois da recente morte do pai, continuar com os estudos domiciliar parecia ainda mais solitário.
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Decidida a recomeçar a vida longe dos fantasmas do passado, Sade inicia o penúltimo ano do ensino médio na Academia Alfred Nobel – um dos mais prestigiados internatos de elite do Reino Unido. Porém, o que parecia um novo começo, torna-se mais um trauma na vida da adolescente: a amiga de quarto de Sade, Elizabeth Wang, desapareceu e os colegas de classe colocaram a novata no topo da lista de suspeitos.

É em meio a este suspense psicológico que a premiada autora do best-seller “Ás de espadas”, Faridah Àbíké-Íyímídé, apresenta o livro “Onde repousam as mentiras”, publicado no Brasil pela Plataforma21. Neste enredo, com protagonismo negro e representatividade LGBTQIAP+ – marcas registradas da escritora inglesa -, Sade percebe que o colégio prefere abafar o caso ao invés de procurar a menina desaparecida. Ela, então, decide investigar por conta própria o paradeiro o colega enquanto tenta provar sua inocência. (Onde repousam as mentiras, Faridah Àbíké-Íyímídé, Plataforma21, 512 páginas, R$ 89,90)
Liberdade emocional: como impor limites saudáveis?
Ciclos abusivos, manipulação, culpa, vícios e isolamento são repetições comuns na fase adulta, muitas vezes originadas na infância. No livro “A culpa não é sua”, publicado no Brasil pela Latitude, a autora canadense e especialista em impactos causados por traumas, Laura K. Connell, combina a experiência pessoal com pesquisas científicas para auxiliar o leitor a identificar pessoas tóxicas e saber como impor limites em diferentes situações do cotidiano – associadas a amizades, relacionamentos amorosos, trabalho e família.

Desde criança, a autora sentia que havia algo de errado, que a impedia de aproveitar o sucesso, o amor e a aceitação que os outros desfrutavam. Esse sentimento gerou diversos traumas na fase adulta e, até mesmo, a levou ao alcoolismo. Somente após anos de acompanhamento psicológico, Laura K. Connell compreendeu que o abuso emocional e a negligência sofridos na infância eram fruto de uma dinâmica familiar disfuncional. Isso envolvia pais incapazes de lidar com as próprias questões internas. (A culpa não é sua, Laura K. Connell, Editora Latitude, 176 páginas, R$ 52,90)
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