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Conheça cinco tendências de RH para 2024

Confira insights importantes para pautar novas e necessárias transformações no dia a dia das empresas e colaboradores
Conheça cinco tendências de RH para 2024
Crédito: Adobe Stock

Virando a página do cenário do pós-pandemia, o setor de RH se prepara para novos desafios na busca de auxiliar as empresas a estabelecerem novos procedimentos e processos de trabalho, além de buscar tendências para aumentar a diversificação de profissionais e metodologias. Levando em conta novidades como adaptação da inteligência artificial para a rotina diária, valorização de identidades mais humanizadas e a criação de culturas empresariais sólidas e definidas, o planejamento estratégico do próximo ano é fundamental para determinar temas e iniciativas prioritários para os Recursos Humanos em 2024.

Alguns dos principais assuntos que devem guiar a operação de recursos humanos no próximo ano foram relacionados pelo relatório The Changing face of HR, da consultoria especializada Sage. A partir da análise de respostas de líderes da área de RH no mundo inteiro, o estudo trouxe insights e tendências importantes para pautar novas e necessárias transformações como automação de processos, design da jornada do colaborador e o uso de dados para melhorias estratégicas no setor. Uma delas é que, segundo o levantamento, 76% dos profissionais da área de RH gastam a maior parte do tempo em tarefas manuais, representando perda de tempo e recursos.

Com um recente aporte de R$ 3,7 milhões para soluções inteligentes voltadas para RH, a plataforma de automação de processos de Recursos Humanos Bondy reuniu cinco principais iniciativas as empresas devem considerar para o setor em 2024. “A nossa maior missão é devolver tempo para as empresas, então a ideia de mapear práticas de RH é um pontapé para um futuro mais eficiente e inteligente nas organizações”, explica o CEO da plataforma, Kleber Piedade.

As iniciativas buscam preparar as empresas para um 2024 de sucesso, no qual o uso da automação, a construção de uma cultura sólida e a atenção ao bem-estar dos colaboradores desempenham papéis fundamentais na atração, retenção e desenvolvimento de talentos. “Muitas dessas iniciativas não são processos novos, já vêm sendo anunciados há anos por especialistas e pesquisadores de mercado. A questão agora é que quem ainda não olhou para esses quesitos precisa correr contra o tempo para se posicionar”, completa o CEO.

Veja quais são as tendências que devem nortear o planejamento de RH para o próximo ano

1. Automatização de Processos

A automação de processos de RH é uma tendência que não mostra sinais de desaceleração. A maior parte dos profissionais da área gastam muito tempo em tarefas manuais. Atividades administrativas, como atendimento ao colaborador para folha de pagamento, gestão de benefícios e documentos não deveriam mais gastar tanta energia, como pontua Kleber Piedade. “Se a gente devolver esse tempo para o RH, ele poderá exercer atividades com impacto ainda maior para as organizações”, explica.

O especialista enfatiza que a automação não é apenas uma solução eficiente, mas também um meio de aprimorar a experiência dos colaboradores. Simplifica processos como o pedido de um documento e o atendimento diário que pode levar horas ou dias pode ser feito em minutos por um sistema inteligente.

2. Marca Empregadora e Cultura Organizacional

Chegar em 2024 sem a construção de uma marca empregadora forte e uma cultura organizacional sólida é como viajar para o passado. As empresas que investem na criação de ambientes de trabalho inclusivos, onde os valores da empresa estão alinhados com as ações diárias, têm mais sucesso na retenção de talentos, na análise do CEO da Bondy.

Além de atrair talentos, uma marca empregadora robusta também os mantém comprometidos e satisfeitos, o que reduz os custos associados à rotatividade de funcionários e também impulsiona o desempenho e a inovação. “Os colaboradores são mais propensos a permanecer em uma organização onde se sintam valorizados, respeitados e parte de uma comunidade que compartilha valores e objetivos comuns”, reforça o especialista.

Ter uma cultura organizacional sólida influencia a forma como os colaboradores se comportam, se comunicam e tomam decisões. Ela define a identidade da empresa e cria uma sensação de pertencimento entre os funcionários, o que é essencial para promover a colaboração, o comprometimento e o alinhamento com os objetivos principais.

3. Apostar em dados

A abordagem data-driven auxilia na identificação de oportunidades e desafios, direcionando os recursos da empresa com mais eficácia. A utilização de dados para a tomada de decisões estratégicas de RH é um dos principais diferenciais competitivos, uma vez que ajuda a identificar tendências, avaliar o desempenho dos colaboradores e aprimorar os processos de RH.

Na avaliação da head de marketing da Bondy, Fabiane Klafke, os dados vão muito além de métricas frias na tela de um computador. Além do foco em informações e indicadores positivos para apresentar em reuniões de desempenho, é importante ter um olhar analítico sobre o que pode não estar funcionando. “Dados são sobre pessoas, dados retratam o comportamento e o desejo dos nossos colaboradores, dos nossos talentos. A gente precisa começar a encarar o dado que pode ser relativamente ruim. Se é um indicador que precisa melhorar, será que não está na hora de encarar a realidade dos fatos e agir?”, comenta.

4. Gamificação e design experiência do colaborador

A gamificação continua a ser uma estratégia eficaz para aumentar o engajamento e a motivação dos colaboradores. Ao introduzir elementos de jogos em programas de treinamento, avaliação de desempenho e reconhecimento, as empresas podem criar experiências mais envolventes e eficazes.

É importante destacar que a criação de uma jornada que faça sentido para os colaboradores é uma das principais mudanças de jogo para os RHs. Chamados pelo relatório da Sage de designers de experiência, “os profissionais de recursos humanos têm a missão de entender que o caminho desde a entrada na empresa até o desligamento passa pela sua gestão”, explica Kleber Piedade. Por isso, o especialista indica que o desenvolvimento de uma experiência corporativa que faça sentido é um diferencial para empresas que querem manter os melhores talentos por perto.

5. Qualidade de vida e bem-estar

O bem-estar dos colaboradores está no centro das preocupações das empresas em 2024. A pandemia destacou a importância da saúde mental e do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Empresas que investem em programas de bem-estar, oferecem flexibilidade no trabalho e promovem um ambiente de trabalho saudável estão colhendo os benefícios da satisfação e produtividade dos colaboradores. “A qualidade de vida dos colaboradores é uma prioridade, e as empresas devem investir em iniciativas que promovam o bem-estar no ambiente de trabalho”, ressalta o CEO da Bondy.

Ainda neste contexto, entra uma das disputas mais populares nas redes sociais: o retorno aos escritórios e o fim do home-office. Com fim do isolamento, empresas abandonaram parcialmente ou por completo o modelo, que tem um impacto significativo na qualidade de vida dos profissionais e também pode ser uma ferramenta poderosa para retenção de talentos. Um funcionário que consegue conciliar a vida pessoal com o trabalho tende a se sentir muito mais satisfeito e é menos provável que troque de empresa caso considere que seu bem-estar está em um nível saudável.

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