Circuito Nacional do Café vai do Alto Paranaíba ao Porto de Santos; conheça

Lançado durante a Expocafé em Três Pontas, o Circuito Nacional do Café surge como estratégia para dinamizar o turismo nas regiões produtoras de Minas Gerais e São Paulo, promovendo inclusão produtiva, fortalecimento cultural e geração de empregos por meio da valorização da cadeia cafeeira.
A rota propõe experiências autênticas, temperadas com sabores de aventura e da rica tradição cafeeira. Ao cruzar 51 cidades produtoras nos estados de Minas Gerais e São Paulo, o Circuito do Café fomenta o turismo, revelando paisagens naturais, saberes e sabores tradicionais, a moderna produção em fazendas centenárias, a opulência e a história das cidades construídas ao longo do século 20 – agora revigoradas – e outras criadas recentemente pelo chamado ouro verde, e muito mais.
De acordo com o gestor cultural do Circuito Nacional da Rota do Café, Edgar Bessa, reconhecido pela Lei 14.718/2023 como 14º Monumento Nacional, o Circuito do Café ganha agora estrutura, calendário de atividades, experiências e identidade contemporânea. Estão envolvidos no projeto produtores, trade turístico e parceiros, com o objetivo de transformar a rota em uma referência global e dinamizar o turismo nas cidades que compõem o Circuito.
“A expectativa é que a rota esteja em funcionamento até o meio do ano que vem. Enquanto isso, acontecerão exposições e eventos nas cidades já cadastradas: caminhadas, romarias, corridas de bike e de quadriciclo. Vamos instalar o marco zero nas cidades participantes, com QR Code que informará os pontos turísticos, eventos, rede hoteleira e opções de alimentação. Também será lançado um site para o cadastro dos demais municípios”, afirma Bessa.
Já está em desenvolvimento um aplicativo com audioguias, trilhas turísticas e georreferenciamento. Cada município receberá um totem oficial, no qual os visitantes poderão “carimbar” sua passagem no passaporte da rota, colecionando experiências e memórias.
Idealizado para ser um pilar estratégico de desenvolvimento econômico e sustentável, o Circuito Nacional do Café deve impulsionar a geração de empregos diretos e indiretos nos setores de turismo, gastronomia, cultura e comércio. A expectativa da organização do projeto é de um aumento de até 33,5% no fluxo turístico nas regiões participantes, promovendo inclusão produtiva, protagonismo local e fortalecimento das comunidades envolvidas.
“Queremos que a rota seja mundial. Os estrangeiros já vêm para o País comprar café; agora, queremos que eles fiquem para conhecer a nossa cultura e os nossos atrativos. Teremos um trabalho de formação de pessoas para poder receber. É um processo bem longo. O projeto vai percorrer outras regiões produtoras de café no Brasil. Somos o maior exportador de café do mundo e o segundo País que mais consome. Minas Gerais é um Estado muito rico, com belezas sem fim para mostrar. O Circuito do Café será formado também por rotas menores. Depois do cadastro das fazendas centenárias e comunidades, vamos desenvolver essas rotas.”
O objetivo é que o turista se torne o protagonista de uma imersão que envolve natureza, esporte, cultura, gastronomia, projetos sociais e hospitalidade. A vivência de cada visitante pode se desdobrar em múltiplas experiências: visitas a fazendas produtoras, harmonizações com cafés especiais, feiras gastronômicas, oficinas culturais, trilhas ecológicas, cavalgadas, roteiros de bike, passeios com Jeeps, UTVs e motos, conforme o interesse de cada um.
O Circuito do Café contará com um calendário anual de expedições e eventos que movimentarão as cidades participantes, revelando os sabores, saberes e paisagens que fazem do café brasileiro uma potência mundial.
E, para um encerramento com chave de ouro, o Circuito vai oferecer seu próprio café. “Queremos que o brasileiro tenha acesso a um café tão bom quanto o estrangeiro tem ao made in Brazil lá fora. Teremos a marca própria do Circuito do Café, com preço mais acessível do que o encontrado no mercado.”
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