Clara Resort vai receber primeiros hóspedes em Inhotim no Natal

Anunciado em agosto do ano passado, o Clara Arte – unidade Clara Resort em Inhotim, na cidade de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) – abre as portas para receber os primeiros hóspedes no Natal. As reservas para os 46 bangalôs entregues já estão abertas.
As obras estão na fase final e 380 operários se revezam para deixar tudo pronto. De acordo com a CEO do Clara Resorts, Taiza Krueder, toda a parte de cobertura já está feita e a pavimentação já está adiantada.
“O resort está ficando lindo e a nossa ideia é levar alma para o espaço. Inhotim é incrível, mas às cinco da tarde o lugar morre. Então, a ideia é que o hóspede entre no hotel e tenha uma música acontecendo, ele tome uma bebida, brinque com o filho, que tenha várias chances de escolher o que fazer. E estamos pensando muito na clientela mineira. É certo que queremos e podemos receber visitantes do mundo inteiro, mas seria muito gostoso ter mais gente de Minas. O Estado pede um hotel com esse perfil. Privilegiamos as áreas comuns, a ideia é que as pessoas tenham espaço, que descubram seus cantinhos preferidos, que desfrutem do parque sempre com um espírito de contato e cuidado com a natureza”, explica Taiza Krueder.
Nessa fase, o hotel pode receber cerca de 230 hóspedes. Para tanto estão sendo contratados 140 colaboradores, quase todos das comunidades próximas. A maioria deve passar por cursos de formação dentro da Clara Academia.
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“Eu estou trazendo para abrir, logicamente, um pouco de gente de fora, para ter um núcleo formador, mas a ideia é contratar o máximo de pessoas localmente, mesmo porque você trazer de fora pode ser traumático, pois as pessoas não se adaptam rapidamente, não têm uma família perto e é caro. Vamos contratar o mais perto possível. É nossa responsabilidade ajudar a comunidade sem invadir, sem interferir na vida da comunidade”, pontua.
A distância entre Inhotim e o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (BH Airport) será, talvez, o maior obstáculo enfrentado pelo hóspede para chegar ao Clara Resort. Para isso o visitante poderá contar com um serviço de transfer terceirizado.
“Inhotim é tão único que a distância é o de menos. A primeira vez que fui lá fiquei tão impactada que disse que poderia enfrentar 24 horas de voo e mais 10 horas de carro para conhecer aquele lugar. Inhotim não existiria em outro espaço e não seria possível em um centro urbano. Teremos o serviço de transfer e a construção do Rodoanel deve ajudar bastante, economizando cerca de 50 quilômetros de viagem”.
Uma primeira expansão com mais 60 acomodações deve ser entregue até 2025 e contará com um SPA no meio da floresta e centro de eventos. E, por fim, outro resort previsto para 2029, com 150 acomodações a 700 metros do museu. O investimento total estimado é de R$ 300 milhões.
Sem confirmar ou desmentir o interesse em ter outros empreendimentos em Minas Gerais, a empresária reafirma a crença no Brasil como um destino que ainda oferece grandes oportunidades para quem quer investir na cadeia produtiva do turismo.
“Temos um modelo verticalizado de negócio, só construímos em terrenos próprios e não temos investidores externos. Todos os dias alguém me oferece um terreno em algum lugar lindo, mas eu preciso ter calma e avaliar muito bem onde investir. Por enquanto, temos muito trabalho em Brumadinho, mas seguimos observando as oportunidades”, destaca a CEO do Clara Resorts.
O Clara Arte sai na frente de um concorrente internacional de peso: a rede portuguesa Vila Galé, que no fim do ano passado anunciou o interesse e a escolha do terreno em Brumadinho. A área de 10 hectares, avaliada em R$ 2,5 milhões, que fica a quatro quilômetros do Inhotim, será doada pela Prefeitura Municipal.
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