Negócios

Clique Retire vai ampliar presença em MG

Clique Retire vai ampliar presença em MG
Em nível nacional, os atuais 250 e-boxes vão passar para 1.200 até meados do ano que vem | Crédito: Fernanda Vidoti/Divulgação/Clique Retire

Presente em Belo Horizonte desde fevereiro, a Clique Retire, startup de logística e de soluções em omnicanalidade, vai ampliar a presença na região metropolitana e outras cidades mineiras nos próximos meses. A maior presença no Estado integra o plano de expansão da empresa a partir da rodada de investimentos que resultou na captação de R$ 32 milhões.

Os recursos vão possibilitar triplicar a capacidade produtiva da fábrica e elevar o número de cidades atendidas de 38 para 60, aumentando também o potencial de atendimento da plataforma em meio ao momento mais promissor do e-commerce nacional.

No caso da capital mineira e região, serão 120 equipamentos, chamados de e-boxes, instalados em diferentes e estratégicos locais com grande fluxo de pessoas, como estações de metrô, shoppings e postos de combustíveis. Hoje, a ferramenta já é encontrada na cidade em alguns pontos de vendas da Drogaria Araujo.

Em nível nacional, os atuais 250 e-boxes vão passar para 1.200 até meados do ano que vem. Além disso, existe a intenção de multiplicar por dez a produção em cinco anos. Quem conta é o sócio fundador Gustavo Artuzo. Conforme ele, os recursos permitirão ampliar a presença da empresa pelo País por meio dos serviços de retirada e devolução de pacotes, e também por novas soluções.

“Hoje atuamos com entrega e reversa, mas outras aplicações também estão sendo criadas”, contou sem dar maiores detalhes. A operação de captação de recursos da startup foi assessorada pelo escritório Lima Netto Carvalho Abreu Mayrink, por meio do sócio Rodrigo Lima Netto.

Artuzo: captação desses recursos vai ancorar esse crescimento | Crédito: Divulgação/Clique Retire

Segundo Artuzo, a empresa, que viu sua demanda crescer cinco vezes desde o ano passado, impulsionada pela aceleração do e-commerce na pandemia, espera manter o ritmo de crescimento em 2021. A expectativa, conforme o executivo, é multiplicar esse desempenho por seis. É que com a pandemia, vieram novos hábitos de consumo e então surgiram negócios junto a outros estabelecimentos, como shopping centers e grandes condomínios – movimento que, segundo Artuzo, não para de crescer.

“A captação desses recursos vai ancorar esse crescimento. Além disso, vai nos permitir entrar em novos locais, bem como expandir e fortalecer nossa produção fabril e tecnológica, que também é fundamental”, ressaltou.

A Clique Retire foi inspirada na polonesa InPost. O outro sócio, Márcio Artiaga, enxergava potencial no Brasil devido aos grandes gargalos logísticos, incluindo restrições de CEP, comunidades vulneráveis, longas distâncias, etc. Buscou uma forma de importar o modelo de negócios e investidores anjo bancaram o sonho. Juntos, procuraram a melhor tecnologia de hardware e software e o modelo mais apropriado para o País. E a empresa foi lançada oficialmente em novembro de 2019, nas estações do Metrô Rio.

A ideia inicial era importar as máquinas da China, montar a infraestrutura e oferecê-la para o e-commerce, que usaria a sua logística já existente para abastecê-las. O que não foi viável, pois os varejistas eletrônicos não queriam lidar com duas empresas fazendo uma mesma entrega. “Rapidamente, percebemos que precisávamos trazer uma solução mais completa, porque a necessidade do e-commerce é de uma logística one-stop-shop”, disse Artuzo.

Com isso, a Clique Retire se estruturou para oferecer todo o serviço, desde a coleta nos CDs (cross dockings) de cada varejista (em vários estados do Brasil), como também a triagem e o abastecimento dos pacotes nos e-boxes. A startup teve que se capacitar para oferecer os serviços de transporte, desde o registro nos órgãos competentes, montagem de centros de cross-docking, a preparação de sistemas e de processos, contratação de seguro de carga e emissão de documentos fiscais.

Unicórnio Lalamove desembarca no Estado

Prestes a completar dois anos em solo brasileiro, a empresa de logística e tecnologia Lalamove chega ao Estado de Minas Gerais em 14 de junho. A plataforma oferece soluções em entregas e conecta usuários e empresas a motoristas parceiros com carretos, utilitários, minivans, carros e motocicletas.

Até o momento, os serviços podem ser utilizados em cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, incluindo as capitais. “Escolhemos a região de Belo Horizonte para dar esse passo por se tratar de um polo econômico forte”, revela o gerente-geral da Lalamove, Luiz Giordani. Ele explica que muitas empresas que utilizam a plataforma nesses estados possuem operação na capital mineira e contribuíram para que esta movimentação ocorresse. “70% das empresas que utilizarão o app no começo já estão familiarizadas”, afirma.

Já são mais de 10 mil motoristas cadastrados para atender a região e a estimativa é que sejam feitas mil entregas por dia no primeiro mês de operação. “Por enquanto, atenderemos o raio entre Sete Lagoas, Nova Lima, Betim e Lagoa Santa, englobando uma região ampla do entorno da Capital”, diz o executivo. Ele afirma que essa experiência será essencial para validação e aprofundamento dos conhecimentos retidos até agora sobre o mercado. Giordani espera que os aprendizados desse projeto também acelerem a chegada da empresa a outras capitais ainda em 2021.

Atualmente, a Lalamove conta com 60 mil usuários e 50 mil motoristas parceiros cadastrados, que realizam 15 mil entregas diárias. Diante da pandemia, a empresa viu o número de entregas crescer 300% e, ao final de 2020, registrou um crescimento de 47 vezes, o maior já observado para este período de atuação dentre todos os mercados em que está presente no mundo.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas