Onda de calor lota clubes de Belo Horizonte e leva alguns a suspenderem vendas de convites

Muitas pessoas estão em busca de um refresco em virtude das altas temperaturas que atingem Belo Horizonte e boa parte do Brasil nos últimos dias. Assim, parques aquáticos e clubes da capital mineira têm ficado lotados. Com a persistência das fortes ondas de calor, a expectativa é de lotação máxima no feriado desta quarta-feira (15) e também no próximo fim de semana.
Na unidade do Sesc Carlos Prates, na região Noroeste da Capital, em que a capacidade do clube é para 700 pessoas, o movimento no último fim de semana cresceu 50% comparado a um fim de semana de baixa temporada. Já na unidade do Sesc, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), pelo menos 2 mil pessoas foram até as piscinas, o que representou a lotação máxima do empreendimento.
Com o movimento muito acima do esperado, a admissão de frequentadores foi interrompida no Clube Asbemge, no bairro Ouro Preto, região da Pampulha. “Estamos com um aumento expressivo, e historicamente, novembro é período de chuva. Mas cadê a chuva? Fomos surpreendidos com esse calor e, em caráter excepcional, tivemos que suspender os convites devido à grande procura”, informa o presidente Wagner Fabri.
O empreendimento, que possui duas piscinas, recebe em domingos comuns cerca de 800 sócios. No último domingo, contudo, o movimento saltou para 1,6 mil banhistas associados. “Estamos trabalhando com um número acima do nosso limite. Agora só entra um novo sócio, se sair algum. Não feriado e nos próximos dias devemos ter lotação máxima”, reforça Fabri.
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No Minas Tênis Clube, um dos complexos mais tradicionais da Capital, e com três unidades na cidade, o movimento de público também tem sido expressivo nesses dias quentes, segundo o presidente Carlos Henrique Martins Teixeira. O clube conta com 82 mil associados e 27 mil cotistas.
“Salva-vidas, recreadores, garçons e equipe operacional são alguns dos profissionais que atuam no preparo de toda infraestrutura dos espaços de convivência, incluindo as piscinas, para que os nossos associados tenham uma experiência positiva e desfrutem com tranquilidade”, garante.
Maior praia artificial do Brasil
Situado às margens da rodovia MG-424, no km 11, em São José da Lapa, na Grande BH, o maior parque aquático do Estado, o Aquabeat também tem registrado grande volume de visitantes.

O diretor de Marketing do Aquabeat, Bernardo de Castro, explica que a proposta é oferecer um clima de praia aos mineiros, já que o complexo possui a maior praia artificial do País, com cerca de 1,5 mil m², e outras atrações. “Estamos registrando um bom número de pessoas em todos os finais de semana”, diz.
Setor espera alta de 90% de público com a onda de calor
Em entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o presidente da Federação dos Clubes do Estado de Minas Gerais (Fecemg), Marcolino de Oliveira, diz que o setor espera alta de 90% no movimento de público nos clubes e parques aquáticos mineiros nesta época do ano.
Segundo a entidade, ao todo são 26 grandes clubes de grande porte associados, sendo a maioria concentrada em Belo Horizonte e no colar metropolitano.
“A procura, de fato, é muito grande. É nesta época que os clubes são reconhecidos como opções completas para o lazer, diversão e esporte. A infraestrutura de bares e restaurantes e atrações culturais também fomenta esse volume. Os clubes associados da Federação apostam em investimento contínuo de manutenção, assim como em guarda-vidas, monitores e seguranças. Isso faz a experiência ser mais completa”, afirma o presidente da entidade.
Oliveira confirmar que o calor excessivo tem levado os clubes a suspenderem a venda de convites. “O aumento da procura tem suspendido a oferta de convites em vários clubes. A intenção é, justamente, não atrapalhar o conforto dos sócios-proprietários”, justifica.
Alternativa é por contratação de profissionais terceirizados
Diante da demanda fora do comum e da falta de profissionais para contratação direta, a solução encontrada pelo presidente do Pampulha Iate Clube (PIC), Antonio Eustáquio da Rocha Soares, foi de terceirizar a mão de obra no clube, situado à orla da Lagoa da Pampulha.
“Em 50 anos que estou no PIC, destes, 25 na diretoria, nunca vi o clube tão cheio como no último fim de semana. É uma situação totalmente atípica”, diz.
O presidente do PIC diz que o clube trabalha com profissionais para a baixa, média e alta temporadas. Mas admite que, nem sempre, é possível atender bem o público, seja por dificuldade de logística ou por falta de profissionais.
“Como a demanda transcende as expectativas, temos que contratar mão de obra terceirizada para a manutenção, limpeza e para o restaurante. Nesta época, também libero o pessoal que temos para atuar na frente de atendimento aos associados. Assim, conseguimos atender melhor a todos”, detalha Soares.
Segundo ele, para este feriado de 15 de novembro, assim como para os próximos dias, o PIC vai trabalhar com contingente similar ao adotado em sábados e domingos, visando atender a quem optar por se distrair ou descansar nas dependências do clube.
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