Cluster da saúde lança primeiro empreendimento

Inaugurada há seis meses, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a unidade ambulatorial MedQualis é um dos primeiros passos do empresário Ricardo Guimarães rumo à formação de um cluster de saúde na região do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (RMBH).
O empreendimento tem capacidade para abrigar 110 consultórios e atendimento médico em diferentes especialidades. A expectativa de Guimarães é transformar a região em um polo médico com integração de serviços e fomento de pesquisas.
O empresário explica que o projeto inicial, que ficou conhecido como Cidade Médica, estava dentro do plano Vetor Norte e seria instalado nas proximidades do aeroporto em Confins, na RMBH. O empreendimento acabou inviabilizado com o cancelamento do edital do Rodoanel Metropolitano.
Convencido do potencial de um cluster de saúde em Minas Gerais, o empresário reformulou o projeto e o transferiu para Lagoa Santa. O primeiro empreendimento construído é o MedQualis. Inaugurado em agosto do ano passado, a unidade funciona hoje com oito consultórios com médicos que atendem em 22 especialidades. Além disso, o equipamento conta com salas de ultrassom, pequenos procedimentos e endoscopia.
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“Estamos iniciando essa unidade ambulatorial que pretende ser um esboço de um cluster de saúde. Também estamos locando alguns prédios no entorno e outros devem chegar para agregar. Um cluster se forma de maneira não organizada, afinal não é como criar uma empresa. A ideia é criar um ambiente receptivo para quem quer fazer medicina de qualidade”, explica. Segundo ele, a MedQualis passará por uma expansão neste primeiro semestre. A intenção é chegar à capacidade máxima do prédio, que é de 110 consultórios.
“Ainda não dá pra dizer quantos profissionais de saúde trabalharão na unidade. Vamos atender a demanda local. Não adianta abrir 10 consultórios de uma vez se não houver demanda. As pessoas têm seus costumes, muitas consultam em Belo Horizonte, então precisamos atender de acordo com a necessidade dos pacientes”, afirma. O empresário não revela o valor investido na construção da unidade ambulatorial, mas garante que o empreendimento é uma grande oportunidade.
“Minas Gerais perdeu competitividade nos últimos anos por causa de má gestão. Mas vejo oportunidade. É importante lembrar que a medicina passa por um momento de transformação, com entrada rápida de novas tecnologias e com as novas maneiras de organização dos grupos para oferecer cuidados de saúde”, afirma.
Guimarães destaca que, além da MedQualis, ele comanda outras duas instituições de educação na área de saúde em Belo Horizonte, que ajudarão na formação desse cluster. Elas são a Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh) e a Faculdade de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Feamig). “Quando decidimos criar a Cidade Médica entendemos que precisávamos, primeiro, buscar o recurso humano que atuará no setor, como médicos, engenheiros-médicos e outras especialidades. As duas instituições que incorporamos serão direcionadas para essa formação”, diz.
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