Colaborador no “centro” é tendência

Uma transformação de sucesso nas empresas provoca 79% de sentimentos positivos nos colaboradores, com destaque para contentamento (25%) e felicidade (20%). Por outro lado, uma transformação malsucedida traz 76% de sentimentos negativos, com estresse (19%) e tensão (14%) como os mais comuns. Essa constatação faz parte de estudo realizado pela EY em parceria com a escola de negócios da Universidade de Oxford, que entrevistou 935 profissionais C-Levels e seus subordinados diretos, além de 1.127 liderados em geral, provenientes de 23 países, incluindo o Brasil, que avaliaram a transformação em suas organizações nos últimos cinco anos.

Por transformação, o levantamento considerou o processo por meio do qual grandes mudanças operacionais são promovidas para melhorar o desempenho da organização e promover seu crescimento sustentável. São esforços de grande escala que podem incluir mudanças no modelo de negócios, na força de trabalho, na experiência do cliente, na experiência do liderado e nas operações (back-office, por exemplo).

As experiências ruins em jornadas de transformação aumentam a propensão de as pessoas concordarem que transformação é apenas um sinônimo de demissão, de acordo com 50% das respostas. No curto prazo inclusive, a confiança desgastada pode impactar negativamente a segurança psicológica dos colaboradores e levar a um cenário de desconexão, demissões e baixa produtividade.

Para aumentar a taxa de sucesso nas transformações, o levantamento enumera, para as empresas, as seis alavancas abaixo que colocam o colaborador no centro dessas ações. Combinadas, ainda segundo o estudo, elas podem dobrar as chances de sucesso nesse processo. A segurança emocional representa o principal fator que aumenta a probabilidade de uma transformação ser bem-sucedida.

1) Inspirar – Observe o entorno para expandir e desafiar a própria forma de pensar da organização. Comunique com clareza o porquê da mudança.

2) Cuidar – Reconheça e planeje as jornadas emocionais dos liderados e dos líderes. Foque na criação das condições para que as pessoas possam falar abertamente sobre a transformação. Gerencie o estresse como força positiva e não como motivo de ansiedade ou apatia.3) Construir – Use tecnologia para ativar a visão: tangibilize rápido e estimule o mindset e a formação das habilidades requeridas para a transformação.

4) Empoderar – Crie autonomia de execução na empresa. Encoraje a experimentação. Incentive a mudança. Reconheça que o progresso acontecerá com altos e baixos.

5) Liderar – Apoie líderes que pratiquem aprendizado contínuo, sejam corajosos, criem uma cultura de prestação de contas ou accountability e enfatizem o todo, e não o individual.

6) Colaborar – Crie um ambiente que estimule a conexão, colaboração e criatividade. Teste novas formas de trabalhar. (Agência EY)