Negócios

Com fila de espera, BH-Tec já opera 20% além do limite de sua capacidade

Com 40 empresas instaladas, há pelo menos outras oito aguardando liberação para integrarem o ambiente de inovação
Com fila de espera, BH-Tec já opera 20% além do limite de sua capacidade
O Parque Tecnológico de Belo Horizonte procura alternativas para expansão | Crédito: Divulgação/BHTec

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec) está operando 20% acima de seu limite de capacidade. Atualmente com mais de 40 membros entre empresas residentes, associadas e Centros de Pesquisa & Desenvolvimento em fase de implantação e mais dois Centros de Tecnologia, ainda há pelo menos outras oito aguardando liberação para integrarem o ambiente de inovação localizado na região Noroeste da Capital.

Quem conta é a Gerente de desenvolvimento institucional do BH-Tec, Cristina Guimarães. Segundo ela, a administração do BH-Tec já cedeu suas salas para empresas e agora busca alternativas de expansão. “A proposta é fazer novas formas de ocupações por meio de construções inteligentes. Estamos discutindo a possibilidade de criar novos espaços a partir de contêineres com fibra de vidro. Em seis meses é possível ter uma ampla estrutura”, diz.

Ao contrário do Hub de Inovação Multifuncional, que com o advento da pandemia de Covid-19 teve que ter seu modelo rediscutido e remodelado por ter tido seu espaço físico planejado para ser construído em contêineres, o que não era indicado na época da crise sanitária. Foi então que, em 2020, foram inaugurados apenas a funcionalidade e os serviços do hub. Agora, nas próximas semanas, enfim será lançada a estrutura física com salas e coworking para suportar as atividades oferecidas.

O novo ambiente do BH-Tec contempla programas de aceleração e incubação de iniciativas de alto potencial tecnológico; assessoramento empresarial; soft landing para instalação de empresas nacionais e internacionais prospectando negócios em Minas Gerais; consultoria em transferência de tecnologia; coworking; espaços para cocriação, demonstração de projetos e rodadas de negócios.

“O hub vai ser um ambiente que materializa a diretriz de o BH-Tec ser um ambiente de inovação aberta, com tantas opções, espaços e serviços. Esta vai ser mais uma opção para abrir as portas do Parque para agentes dos diferentes setores da sociedade”, explica.

E essa interação não para por aí. Cristina Guimarães avalia que 2023 será marcado como o ano mais fiel ao propósito do Parque: ambiente de transferência de tecnologia para a sociedade e de fomentador de tecnologia de informações e pesquisas. Para isso, foi criada uma extensa agenda de programação e eventos que vão se estender por todo ano.

Serão mais de 10 eventos ao longo de 2023.

“Neste ano, os eventos vão ter como objetivo fortalecer e consolidar o Parque como esse grande ambiente que integra a sociedade. O BH-Tec tem essa capacidade de fazer a integração daquilo que está sendo discutido na academia com o mundo real do empreendedorismo e com a sociedade”, diz.

O “Hoje é dia de Parque” já teve sua primeira edição. É um momento para eventos culturais, lazer, esporte e convivência.

A “Vitrine BH-Tec”, uma mostra do que é desenvolvido pelas empresas instaladas no BH-Tec, vai ganhar duas edições em 2023 – uma no primeiro e outra no segundo semestre. Segundo a gerente, as duas datas foram necessárias e possíveis a partir das entregas de todos os integrantes. “Além disso, acreditamos que o Parque e as empresas que aqui estão têm que ter capacidade de se reinventar sempre”, completa.

A “Sexta no Parque” foi lançada no ano passado e devido o tamanho sucesso, será continuada neste exercício também. O último dia útil da semana é dedicado a rodadas de conversas, apresentações e networking com públicos distintos. Cada um na sua vez. Empreendedores, comunidades, pesquisadores, estudantes e muitos outros.

Por fim, este ano também marca a consolidação do Centro de Inteligência em Sustentabilidade (CIS) cujo propósito é ajudar as empresas com a pauta ESG. “O grande desafio do CIS, neste ano, é atrair e ajudar as empresas na implementação da pauta. Com isso, fazer com que tenham, de fato, uma diretriz em sustentabilidade que não seja maquiada”, conclui.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas