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Com inovação, Minas Gerais pode ser o mais inclusivo do País

Mais de 300 cidades do Estado se candidataram ao selo “Todos Nós”, certificação desenvolvida pela Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas
Com inovação, Minas Gerais pode ser o mais inclusivo do País
A inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) e autistas ainda é uma dificuldade no Brasil | Crédito: Adobe Stock

A inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) e autistas na sociedade – especialmente nos ambientes escolar e de trabalho, embora protegida pela Lei 13.146-201 – conhecida como “Estatuto da Pessoa com Deficiência”, ainda é uma dificuldade no Brasil. A boa notícia é que Minas Gerais está a um passo de ser reconhecida como o estado com educação mais inclusiva do Brasil, usando inovação e criatividade.

Secretarias de Educação de mais de 300 municípios do Estado de Minas Gerais estão em processo para a obtenção do selo “Todos Nós”, que atesta a educação inclusiva no Brasil. A certificação foi desenvolvida pela Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Ania/BR).

A certificação será deferida durante o do I Congresso Internacional de Educação para Todos, organizado pela Ania/BR e a União dos Dirigentes Municipais de Educação de Minas Gerais (Undime/MG), que acontecerá de 24 a 25 de outubro, no Cine Theatro Brasil Vollourec, na região do hipercentro.

De acordo com o presidente da Ania/BR, Guilherme de Almeida, o Selo é oferecido para organizações ou instituições que se comprometem com determinados critérios relacionados à promoção da inclusão de pessoas com deficiência e condições como o autismo.

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 “Vamos analisar todos os municípios mineiros. Essa avaliação tem um olhar objetivo, com coleta de dados primeiramente dos municípios que participarem do Congresso. A Undime/MG permite que tenhamos capilaridade. Entendemos que o Selo, primeiramente, serve para congratular quem já está fazendo certo. Quem consegue oferecer o que a gente entende como o mais adequado para essas pessoas que são o público da educação especial. Nem tudo é uma questão de dinheiro, embora ele seja importante. Com uma mentalidade que privilegie a inclusão, criatividade e inovação é possível fazer muita coisa”, explica Almeida.

O número de matrículas de estudantes da educação especial no Estado chega a 1.527.794, dos quais 1.301.961 fazem parte do ensino público e 225.833 do privado.

A expectativa é de que a concessão do Selo ajude os municípios, especialmente os menores, a conseguir mais investimentos para o setor de educação. E mesmo aqueles que não forem aprovados nessa etapa, tenham um ganho a partir do diagnóstico feito pela Ania/BR a partir da coleta de dados.

“Nesse mapeamento também vão aparecer os municípios que têm mais dificuldade em promover a educação inclusiva e quais são os gargalos. Nós vamos auxiliá-los, assim como fazemos com outras instituições e empresas que se dispõem a ser avaliadas. O Selo é uma ferramenta também para atrair investimento e inovação com recursos criativos que promovam uma educação inclusiva. O selo dá conhecimento público à inteligência do gestor, seja ele público ou privado”, completa o presidente da Ania/BR.

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