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Comércio de BH está menos otimista para o Carnaval em 2025

Apesar do recuo frente a 2024, a maioria espera um desempenho positivo nas vendas
Comércio de BH está menos otimista para o Carnaval em 2025
Crédito: Dione AS/Diário do Comércio

O Carnaval de Belo Horizonte já se consolidou como um dos maiores eventos do país. Em 2025, a expectativa é de que 6 milhões de foliões venham festejar na cidade. Apesar da maioria se manter otimista em relação aos negócios gerados pela folia, as expectativas estão inferiores às de 2024.

De acordo com pesquisa do Núcleo de Inteligência & Pesquisa da Fecomércio MG, 61,2% dos comerciantes de BH apostam em um Carnaval positivo para as vendas, dez pontos percentuais a menos do que o revelado na sondagem de 2024, quando 71% acreditavam em negócios melhores.

Segundo a economista da Fecomércio, Fernanda Gonçalves, a retração no otimismo é consequência do cenário econômico. “As altas taxas de juros, que deixam o crédito para o empresário mais caro, e a inflação impactam o setor. E não somente a inflação de forma total, mas também a alta nos preços dos alimentos, que consome ali o poder de compra do cidadão”, analisa.

Para uma parcela de 23,4% dos lojistas, o Carnaval tem impacto negativo nas vendas. A principal justificativa para isso seria a desorganização trazida pela festa, apontada por 47,9% dos que não estão animados com as vendas. A queda do comércio, o aumento da violência e a interrupção das atividades econômicas no período também foram mencionados como fatores que prejudicam o desempenho.

Para a parcela otimista de comerciantes, “a perspectivas de maior circulação de pessoas, tanto da própria população dentro da cidade, quanto dos turistas irá ajudar nas vendas”, destaca Fernanda Gonçalves.

Dados: Fecomércio

Investimentos

Um percentual de 53,7% das empresas não fará investimento específico para o Carnaval, devido aos estoques que vêm altos desde janeiro, mês complicado para as vendas diante do esvaziamento da cidade e da pressão dos pagamentos de impostos.

“O empresário tem a perspectiva de queimar no Carnaval os seus estoques”. No período de realização da pesquisa, 51,5% dos comerciantes já estavam com os estoques preparados para as vendas de Carnaval e outros 23,5% ainda não tinham realizado os pedidos.

Principais áreas que os comerciantes vão investir no Carnaval:

  • 26,5% – aumento de estoque
  • 21,3% – propaganda;
  • 5,9% – contratação de funcionários temporários;
  • 9,6%- diversificação do mix de produtos;
  • 7,6% – preços promocionais;
  • 3,5% – treinamentos a seus funcionários.

Modelo de pagamento

Os comerciantes apostam que a venda à vista será a mais escolhida pelos foliões, sendo o PIX o mais usado, com 52,2%, seguido por débito (15,4%) e cartão de crédito à vista (13,2%). O maior movimento nas lojas deve ocorrer em todos os dias de Carnaval para 50% dos entrevistados. Para 21,3%, a fase de “esquenta” da folia, antes do Carnaval, já deverá aumentar o movimento no estabelecimento.

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