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Brasil decepciona e cai mais uma posição no ranking de competitividade

Com nova colocação, País fica à frente apenas da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela
Brasil decepciona e cai mais uma posição no ranking de competitividade
Falta de políticas públicas eficazes contribuíram para resultado | Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A 60ª posição do Brasil no Anuário de Competitividade Mundial 2023, elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD), coloca o País à frente apenas da África do Sul, Mongólia, Argentina e Venezuela. O estudo compara 64 nações, com base em dados estatísticos e pesquisa de opinião executiva, em termos de capacidades em gerenciar fatores e competências que possibilitem alcançar um crescimento econômico de longo prazo.

No Brasil, realizado em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), sediada em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) –, o estudo mostra que o País, na melhor das hipóteses, andou de lado. Mesmo que se explique a queda de uma posição pela entrada do Kuwait na lista, já em 38º lugar, empurrando todos os que estavam atrás, o Brasil não conseguiu evoluir nos itens analisados. Ao contrário, regrediu em todos e nos mais importantes ficou entre os últimos, quando não, em último lugar.

Para o professor associado da FDC Carlos Arruda, nos últimos anos o Brasil não tomou as decisões de competitividade corretas e a iniciativa privada ainda não tomou para si as responsabilidades sobre a gestão que são realmente dela.

“Precisamos de políticas públicas capazes de desburocratizar os processos, fazer as reformas necessárias e demonstrar para o mundo que somos um país estável e confiável. Por outro lado, a percepção da comunidade empresarial sobre as próprias práticas de gestão gera muita preocupação. O governo não vai resolver tudo sozinho e a iniciativa privada precisa fazer a sua parte”, alerta Arruda.

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