Confira 12 contos para mergulhar no realismo fantástico

Quando era apenas uma criança, durante uma aula de redação particular, Thiago Arantes segurou uma página em branco e fez uma promessa a si mesmo enquanto todos os colegas reclamavam das tarefas de língua portuguesa: “Não sei o que farei no futuro, mas serei escritor!”. Há quatro anos, ele lembrou da cena adormecida na memória e voltou a encontrar na literatura e na escrita uma salvação pessoal diária. Assim deu vida ao livro de contos fantásticos “A terceira margem da folha”. O mineiro divide o tempo entre escrever, lecionar e advogar. Mas o que sempre buscou para o dia a dia é o oposto da lógica acelerada que o mundo impõe hoje. Inspirado pela criação de infância voltada para o lúdico e para a espiritualidade, ele ainda acredita que a realidade tem um quê de magia. “Quantas vezes nos surpreendemos com a existência? Quero estar no limbo entre as leis da física e os super-heróis”, reflete.
Thiago Arantes lançou mão do realismo fantástico, gênero literário que reúne grandes expoentes na América Latina, como uma forma de viver essa utopia. Dividida em 12 contos, a obra mistura elementos sobrenaturais e mágicos com situações do cotidiano, gerando certa estranheza e mistério. Ele cria esta leitura provocadora com o uso de figuras de estilo, de linguagem e da expressividade por meio da sonoridade poética. (A terceira margem da folha, Thiago Arantes, Editora Artêra Editorial – Selo da Editora Appris, 100 páginas, R$ 49)
Deputado Ney Leprevost ganha 1º livro que disseca sua trajetória política
Acaba de ser lançado o livro “Ney Leprevost – política é para quem gosta de gente”, primeira obra referente a Ney Leprevost, um dos nomes mais importantes e atuantes da política paranaense. Escrito pelos jornalistas Sandoval Matheus e Sandro Moser a partir de pesquisas historiográficas e depoimentos do próprio Ney Leprevost, familiares e amigos, a obra combina memórias afetivas com um inventário das ideias, das ações e da trajetória profissional e política do deputado que começou a trabalhar como repórter com apenas 13 anos de idade.

Em seus dois primeiros capítulos, o livro vai além, e disseca a saga da família Leprevost, desde suas raízes na Europa, mais precisamente na França, até a participação, já em terras brasileiras, de momentos históricos da vida nacional. A começar pelo francês Jean-Léon Le Prevost, que em 1845, quando já era casado há 11 anos, rompeu o matrimônio a fim de se dedicar exclusivamente às obras de caridade e à vocação de sacerdote. Como tal, Jean-León foi um dos fundadores da Sociedade São Vicente de Paulo e da Congregação dos Religiosos de São Vicente de Paulo. Morreu em 1874, e desde então o reconhecimento de suas obras e realizações só aumentou. Em 1998, foi declarado venerável – um passo dentro do processo de beatificação -pelo papa João Paulo II, que atestou em sua trajetória a presença de virtudes heroicas, como explicam os autores.
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O livro conta ainda a história do sobrinho de Jean-Leon, o padre George Achilles Leprevost que jogou a batina no mar para casar-se com a viúva Sophie. O casal aportou de navio no Brasil dois anos antes da morte do antepassado ilustre, se casou e se instalou inicialmente na Colônia Assungüi (atual município de Cerro Azul, na região do Vale do Ribeira), antes de se estabelecer em definitivo na comunidade de Tijucas (hoje Tijucas do Sul). Ele lutaria na mais sangrenta guerra civil da história do país, a Revolução Federalista. (Ney Leprevost – política é para quem gosta de gente, Sandoval Matheus e Sandro Moser, editora independente, 244 páginas)
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