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Conflito de gerações pode trazer problema para as sucessões familiares; entenda

Novas gerações tem se preocupado mais com a saúde mental e preferência por trabalhos como PJ
Conflito de gerações pode trazer problema para as sucessões familiares; entenda
Crédito: Reprodução Pexels

As novas gerações têm pensamentos bem diferentes de suas antecessoras, tanto que já há diversas pesquisas apontando mudanças como ter mais consciência ambiental, se preocupar mais com a saúde mental e, até mesmo, a preferência por trabalhos como PJ. Isso se deve, em grande parte, a vivências como a pandemia, a facilitação ao acesso a informações e o surgimento de novas tecnologias.

Por exemplo, recentemente, o estudo Instagram Trend Talk 2024, da Meta, apontou que a Sustentabilidade é uma das prioridades da Geração Z. Outra questão vista como primordial pelas gerações Z e millenial é a saúde: De acordo com levantamento da consultoria Deloitte, o bem-estar precário tem feito com que muitos deles opte por reduzir as horas dedicadas ao trabalho, mesmo sabendo que isso pode impactar diretamente nas oportunidades de crescimento profissional e de promoção.

De acordo com a CEO do Capitalismo Consciente Brasil, Daniela Garcia, isso tem causado problemas no momento da sucessão em empresas familiares. “As visões diferentes fazem com que, no momento das novas gerações assumirem o controle da organização, haja muitas divergências. Imagine uma empresa que existe há décadas e que durante todos esses anos funcionou muito bem, para os antigos líderes é difícil entender o porque é necessário mudar agora, se há tanto tempo a empresa está bem”, explica Daniela Garcia.

Mas a executiva alerta que com todas as mudanças que temos vivido, é necessário, sim, que exista a adaptação para estas questões que as novas gerações têm trazido e que as empresas que não se atualizarem poderão ter problemas em breve. Um exemplo disso é a falta de mão de obra existente no interior dos estados, com cada vez mais jovens procurando oportunidades nas capitais. Outro exemplo são as mudanças climáticas, que quanto mais ocorrem, mais interferem na qualidade de vida das pessoas e de matérias primas usadas pelas empresas da indústria que começa a ter uma escassez de material. Preços que se elevam, poder de compra que cai e a crise está instalada.

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A partir da geração millenial as pessoas começaram a se preocupar cada vez mais com as questões ESG e com a sua própria saúde mental, com isso, quem não começar a se adaptar, não só terá problemas para achar e lidar com colaboradores, mas, possivelmente, também com os consumidores e clientes, já que o consumo também está sendo pautado por essas mesmas questões”, conclui.

O Capitalismo Consciente Brasil é uma organização dedicada à promoção de conceitos e práticas relacionados ao Capitalismo Consciente, sendo o ESG um deles. Com uma década de história e liderança visionária, a entidade tem desempenhado um papel crucial na transformação cultural das empresas, incentivando a adoção de lideranças conscientes e a construção de um legado para as próximas gerações. Atualmente, o CCB conta com 200 empresas associadas, englobando um ecossistema de mais de 8 mil pessoas engajadas pelo conceito, 179 signatários e 213 colaboradores regionais, além de 8 conselheiros deliberativos.

Por meio de uma abordagem inclusiva e colaborativa, o CCB reúne empresas, líderes e parceiros em um ecossistema dinâmico, focado na disseminação do conhecimento em áreas essenciais como ESG, Governança, Compliance e Sustentabilidade. Sua missão é inspirar e capacitar as organizações a se tornarem agentes de mudança positiva, acreditando no poder transformador da consciência empresarial.

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