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Construtora da Bahia projeta VGV de R$ 250 milhões em Montes Claros

Maior cidade da região Norte de Minas Gerais vai abrigar os primeiros 1.200 empreendimentos da construtora
Construtora da Bahia projeta VGV de R$ 250 milhões em Montes Claros
O mercado mineiro possui demanda reprimida em algumas cidades, entre elas Montes Claros, afirma Jardel Couto | Crédito: Divulgação VCA

Com sede em Vitória da Conquista, na Bahia, a construtora e incorporadora VCA desembarca em Minas Gerais já com planos de expansão pelo Estado. Montes Claros, na região Norte, foi escolhida como a primeira cidade a abrigar os primeiros 1.200 empreendimentos da construtora, que serão comercializados neste ano com previsão de gerar um valor geral de vendas (VGV) de R$ 250 milhões.

Além da proximidade física, a chegada ao mercado mineiro é encarada como uma oportunidade de crescimento para a empresa. Atualmente, a VCA atua fortemente com empreendimentos residenciais para diferentes faixas de público na Bahia e em Pernambuco, além de operações de praia no Rio Grande do Norte e Sergipe.

Conforme o CEO da VCA, Jardel Couto, embora Minas Gerais tenha grandes construtoras, ainda existe espaço para novas possibilidades. “O mercado mineiro é ávido e possui demanda reprimida em algumas cidades, como Montes Claros”, avalia.

A cidade, que caminha para se tornar um dos maiores polos da indústria e inovação do País, coloca o Norte de Minas Gerais como protagonista na reindustrialização brasileira pós-pandemia. A partir de estudos, a construtora notou um gap de moradia em Montes Claros, especialmente de produtos de entrada – os imóveis “ultraeconômicos” que custam em torno de R$ 160 mil.

Imóveis valorizam a experiência e contribuem para a democratização de moradias inteligentes

A partir disso, a proposta da empresa na cidade deve ser concentrada em empreendimentos com valores mais competitivos, sem deixar de lado a modernidade característica de moradias inteligentes. Com impacto mínimo nos custos de condomínio, os imóveis de entrada já contarão com diferenciais, como área de lazer, piscina, academia e lavanderia compartilhada. “Enxergamos esses diferenciais como fundamentais para levar fluidez, principalmente na transição do aluguel para casa própria”, detalha Couto.

A escolha dos adicionais, segundo ele, sempre deve estar ancorada ao custo de aquisição e manutenção. “Estamos preocupados em não agregar custo ao condomínio mensal. Agregamos o que faz sentido e não tem necessariamente custos extras”, explica.

Exemplo disso são as iniciativas de reconhecimento facial do morador, reconhecimento da placa do veículo e minimercado autônomo, que estarão disponíveis desde os empreendimentos de entrada. Para imóveis intermediários (entre R$ 250 e 300 mil), a tecnologia também abraça o conceito de casa inteligente, com comandos internos automatizados.

“Entendemos que nosso papel não é apenas vender metro quadrado. Difundimos a cultura de vender experiência de moradia, aliando a modernidade ao preço justo”, destaca.

Além da tecnologia, o conceito ESG (Ambiental, Social e Governança) segue incorporado em toda a jornada da construtora, desde a seleção de insumos para construção, até o pós-venda, com ações de incentivo à coleta seletiva por parte dos moradores. Para o futuro, são estudadas soluções para retenção de água da chuva e aplicação de energia solar nas áreas comuns.

Estudos de expansão incluem cidades no Triângulo Mineiro

Após Montes Claros, encarada como a porta de entrada da construtora em Minas Gerais, a empresa deve expandir operações para outras regiões nos próximos anos. Além da região Norte, a empresa estuda cidades no Triângulo Mineiro para entender a viabilidade de acesso.

Apesar disso, a intenção, segundo o CEO, é concentrar mais condomínios em uma quantidade menor de cidades. “Isso traz redução de custo e ela é repassada para o consumidor. Toda a nossa engrenagem é voltada para levar a melhor condição de aquisição ao cliente”, finaliza.

Em franco crescimento no País, a VCA projeta entregar 4 mil unidades apenas em 2025. No ano passado, a empresa encerrou com R$ 1,2 bilhão em VGV e, neste ano, a expectativa é alcançar R$ 3 bilhões.

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