Crise faz Oi acelerar lançamentos para o mercado corporativo

O isolamento social, imposto como única medida capaz de diminuir a velocidade de contágio pelo novo coronavírus, fez com que, “do dia para noite”, praticamente todas as empresas – exceto aquelas consideradas de serviços essenciais – fossem obrigadas a adotar algum tipo de trabalho remoto.
O home office, que antes não passava de 6% no Brasil, passou a integrar a rotina de empresas de todos os portes e setores.
Para atender a essa demanda inesperada, provedoras de serviços correram não para lançar novas tecnologias, mas para colocar à disposição do mercado pacotes adequados às novas necessidades e perfis.
A operadora de telefonia Oi, por meio de sua provedora e integradora de soluções digitais para o mercado corporativo, a Oi Soluções, acelerou seus lançamentos e, nos últimos dois meses, disponibilizou o Oi Smart Office, solução composta por plataformas de colaboração, conectividade e cloud computing para trabalho remoto; o Oi Serviços Profissionais, oferta que auxilia as empresas em suas frentes de digitalização de processos, gestão de infraestrutura de TI e desenvolvimento de sistemas e aplicações de negócio; o Oi Informática, solução que contempla a oferta de equipamentos de microinformática como serviço; e o Oi Cloud Communication, oferta de solução convergente de comunicação de voz em nuvem.
De acordo com o diretor de Marketing Oi Soluções, Rodrigo Shimizu, o susto não atingiu apenas os clientes, mas também a própria companhia, que colocou cerca 11 mil funcionários em teletrabalho.
“Essa visão de trabalho remoto não é uma tecnologia nova, já estava disponível. Nós, por exemplo, já tínhamos lançado nossa solução home office em 2015. Acontece que as pessoas não estavam culturalmente preparadas, nem as empresas. Havia até preconceito de não estar fisicamente na empresa. A pandemia foi um grande acelerador desse processo. Colocamos nossos funcionários – mais de 10 mil pessoas – em home office do dia para a noite, utilizando muitas soluções que já tínhamos no portfólio. A adoção cultural pela sociedade foi facilitada porque todo mundo precisou ao mesmo tempo. Em breve imaginamos que tenhamos um modelo híbrido” explica Shimizu.
Passada a primeira onda, em que as soluções precisavam ser implantadas com urgência, agora as empresas buscam soluções mais completas e focam, especialmente, em segurança. A expectativa de que a quarentena duraria poucos dias já foi frustrada e a perspectiva de que o home office seja uma opção para além do período da pandemia impõe a necessidade de projetos robustos, com vistas à perenidade.
“A primeira demanda foi colocar todo mundo em casa do jeito que dava. Agora vemos empresas que estão estendendo oficialmente o home office até o fim do ano. Já recebemos propostas de bancos e grandes empresas, inclusive, montando soluções mais parrudas em que a empresa tenha mais responsabilidade sobre os custos de quem está trabalhando em casa. A segurança é agora uma grande preocupação. É preciso garantir a entrega das tarefas e a segurança de dados. Então oferecemos soluções customizadas para grandes projetos e plataformas self service para as pequenas empresas”, afirma.
A esperada chegada da tecnologia 5G ao Brasil – que teve o leilão adiado para o ano que vem – promete dar um novo impulso aos serviços digitais. A alta velocidade e baixa latência (atraso na transmissão) vão ajudar na cobertura de áreas distantes e de baixa densidade demográfica.
“O 5G será um grande alavancador de tecnologias como o IoT (internet das coisas) para o agronegócio e a mineração, que ficam em regiões remotas. Não sabemos quando será o leilão, mas de toda forma, temos outras tecnologias que permitem muita coisa de digitalização e automação para essas áreas. Embora sejam setores muito tradicionais, essas atividades tão relevantes para a economia mineira, têm investido consideravelmente na digitalização dos negócios”, pontua o diretor de Marketing Oi Soluções.
TIM e Anatel celebram 1º TAC do setor

A conectividade já tem papel relevante no desenvolvimento do País, disse Pietro Labriola | Crédito: Divulgação
O Conselho Diretor da Anatel, em reunião extraordinária, confirmou por unanimidade a celebração do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da TIM, o primeiro desde o regulamento de 2013. Em março, o acordo tinha sido validado, também por unanimidade, pelo Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU).
O TAC prevê o arquivamento de processos por um valor de referência de R$ 639 milhões e contemplará ações de melhorias de qualidade e experiência do cliente bem como incremento de infraestrutura de rede em mais de 2.000 localidades.
A operadora também assumiu o compromisso adicional de levar banda larga móvel, por meio da rede 4G, a cerca de 350 municípios com menos de 30 mil habitantes. Três milhões de pessoas serão beneficiadas nas regiões Nordeste (66%), Norte (13%), Norte de Minas Gerais (20%) e em Goiás (1%), em cidades onde a tecnologia de quarta geração ainda não está disponível.
“A conectividade já tem papel relevante no desenvolvimento do País e será, definitivamente, essencial no novo mundo pós-pandemia, garantindo estudo, trabalho e suportando novos hábitos de relacionamento e consumo. Por isso, a aprovação desse acordo é ainda mais importante no cenário atual. Vamos levar a rede 4G para mais pessoas, reforçando a inclusão digital da sociedade brasileira”, destaca o CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola.
Desde junho de 2018, a TIM trabalhou intensamente na proposta do TAC, incluindo constante interação com técnicos da Anatel. Nesta fase final, mesmo durante a adversidade da pandemia, as negociações foram intensificadas e finalizadas com êxito.
O resultado é um acordo robusto, em linha com as prioridades de política pública, que beneficiará aqueles usuários que vivem em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) inferior à média nacional.
“TIM é a primeira operadora a construir e finalizar um acordo desta natureza. A iniciativa é um marco na regulamentação das telecomunicações no Brasil e transforma um histórico de contencioso em um futuro de investimento produtivo”, afirma o VP de Assuntos Regulatórios e Institucionais, Mario Girasole.
O TAC da TIM segue o Decreto n° 9.612/2018, que dispõe sobre políticas públicas de telecomunicações e prevê aumento da cobertura de redes de acesso móvel, em banda larga, priorizando o atendimento de cidades, vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados que não possuam essa estrutura. (Da Redação)
Experiência com rede móvel apresenta melhorias
A pandemia do novo coronavírus afetou a experiência dos usuários com a rede móvel em todo o mundo. Segundo uma pesquisa desenvolvida pela OpenSignal, a conexão móvel apresentou um aumento no consumo de dados, o que gerou períodos de lentidão na rede no início da pandemia em diversos países. No Brasil, as velocidades de download 4G, por exemplo, estabilizaram a partir de abril.
Desde então, os usuários viram sua experiência de rede móvel melhorar lentamente, o que sugere que os brasileiros podem ter passado pelo pior impacto negativo da pandemia em sua experiência móvel.
A pesquisa também detalha que o tempo no wi-fi tem diminuído à medida que as pessoas passam mais tempo fora de suas casas. No Brasil, o pico de usuários na rede wi-fi ocorreu nas semanas dos dias 23 a 29 de março, data em que efetivamente algumas medidas de isolamento começaram a valer no País.
O índice de tempo que usuários gastam na rede wi-fi atingiu 75,4% nessas datas. Atualmente, o índice apresenta uma certa estabilidade, oscilando entre 73,1% a 74,9%.
No entanto, mesmo que os governos tenham relaxado as medidas de isolamento social na maioria dos países, o tempo no wi-fi, em relação à média mundial, não retornou aos níveis pré-crise, indicando que as pessoas continuam passando mais tempo em casa do que antes da pandemia.
Internet móvel x banda larga fixa – No Brasil, os acessos de usuários à telefonia móvel são bem mais expressivos que o de banda larga fixa, segundo dados de abril da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Enquanto banda larga fixa apresenta 33 milhões de acessos, o número de assinantes da rede móvel é de 225,6 milhões.
Já o índice de densidade, em que o número de acessos é dividido pela população, banda larga fixa apresenta 47,4% enquanto a rede móvel representa 95,9% da presença nos domicílios.
Outro dado interessante do período da pandemia é que a procura por internet móvel cresceu de acordo com dados do Google Trends, que mede as principais buscas na web.
Em maio, por exemplo, foi o mês que o termo atingiu o maior pico de popularidade nas pesquisas.
Segundo o Melhor Plano, site comparador de planos de telecom, o interesse por internet móvel pode estar atrelado ao fato dos preços serem mais competitivos e também pela internet dos smartphones ser mais acessível para uma camada da população.
O preço de contratação de planos telefonia móvel mais baratos possuem ofertas de planos controle a R$ 39,99 por mês, enquanto planos de internet banda larga custam acima de R$ 78 mensais, tendo como base os valores da cidade de São Paulo.
Sabendo que o preço de um plano de telefonia móvel é mais atrativo, alguns usuários optam também por rotear o sinal 4G do celular no computador buscando economia, por exemplo. No entanto, os especialistas alertam que essa prática não compensa no longo prazo.
“Em um experimento aqui no Melhor Plano, um de nossos colaboradores consumiu cerca de 900 MB de dados roteando sua internet 4G para trabalhar. Nesse dia, ele fez reuniões por videochamada e acessou algumas plataformas, e a velocidade da rede ficou entre 10 e 15 mbps (megabit por segundo). Considerando essa média por dia, ele teria que ter um plano com cerca de 30GB de dados por mês”, disse o cofundador da startup Melhor Plano, Pedro Israel.
O preço de um plano de celular na cidade de São Paulo, com a mesma quantidade de dados, custa a partir de R$ 99,90 por mês, enquanto um plano de internet banda larga com velocidade de 35 megas custa R$ 78,80. Além de ser mais barato, o pacote de banda larga oferece mais velocidade, estabilidade na conexão e não possui limite de dados (franquia).
Por isso, os especialistas concluem que os planos de internet móvel saem mais barato para quem fizer uso do 4G apenas no celular ou rotear o sinal em ocasiões pontuais. Por outro lado, a internet banda larga tem o melhor custo benefício para quem precisa trabalhar de casa, estudar a distância ou rotear a rede para mais pessoas em casa. (Da Redação)
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