Da Senhora aposta na expansão do mix de produtos alimentícios

De produtos que visam à saudabilidade a delícias gourmets que entregam, antes de tudo, uma experiência de consumo. Essa é a proposta da Da Senhora, dona das marcas Senhora Pipoca, Senhora Paçoca e Bit Nana. Criada na Capital em 2016, em poucos anos a empresa já passou por grandes transformações e alguns desafios, tendo que se reinventar e até mesmo buscar novos mercados. Hoje está presente em quase todos os estados brasileiros, em mais de 2 mil pontos de vendas.

E a ideia é manter essa expansão. Tanto em termos de mercado quanto de portfólio. Além dos seis diferentes sabores de pipocas gourmets e das paçocas nas versões diet e de chocolate zero açúcar, a Da Senhora já está trabalhando com amendoins saborizados para food service, novidade que deverá chegar ao varejo no ano que vem.

Segundo um dos fundadores da marca, Gustavo Franklin, esta é mais uma aposta promissora do negócio. “Chegamos ao patamar atual não só pelo desempenho que alcançamos nos últimos anos, mas pelo menor número de erros que cometemos. Como empresa pequena, temos que escolher com quem vamos brigar e de que maneira vamos nos relacionar com clientes e fornecedores. Isso é possível entregando produtos diferenciados, que proporcionem uma experiência ao consumidor. Assim, podemos até ter um volume menor de venda, mas lidamos com menos concorrência e trabalhamos com uma margem mais saudável”, explica.

Essa estratégia também foi fundamental na escolha pelo novo produto, o amendoim. É que como a empresa já faz grandes aquisições do produto para a produção das paçocas, apostou na criação de um novo item para o portfólio já tão rico em pipocas gourmets. E tem dado certo. “Já tem sido sucesso no food service e tem uma grande empresa que quer que a gente faça com sua marca para o primeiro semestre do ano que vem”, diz.

Segundo o empresário, a terceirização de produtos já vem se mostrando também como uma alternativa desde a pandemia, quando diante dos baixos níveis de demanda, a empresa precisou ocupar a fábrica para arcar com os custos fixos.

História

A empresa nasceu com produção caseira e, durante dois anos, as pipocas gourmet eram vendidas em uma foodbike que circulava por Belo Horizonte. O produto caiu no gosto das pessoas e os empresários iniciaram a expansão do projeto. Em 2018, entraram no varejo. Assim como nas ruas, as pipocas foram bem aceitas pelos consumidores e não demorou muito para que as pipocas gourmets Da Senhora chegassem a outros estados.

Com fábrica localizada no bairro São Francisco, na região da Pampulha, a produção hoje gira em torno de 2,5 mil pipocas por dia. E tem capacidade para 4 mil diariamente. Os principais mercados atendidos são Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Em termos de faturamento, a Senhora Pipoca é o carro-chefe e responde por 60% da receita, os snacks (paçoca e bananinha) por 25% e os amendoins temperados por 15%.

Franklin avalia que há muito mercado para crescer. Segundo ele, o mercado de pipocas gourmets ainda é muito embrionário no Brasil. Mas o País é o segundo maior mercado de pipocas do mundo e o potencial de crescimento é muito grande. “Nosso maior desafio é fazer o consumidor experimentar o produto, pois algumas pessoas acham que as pipocas estarão murchas ou com gosto artificial”, comenta.

A Da Senhora teve um crescimento de 20% em 2021 e espera crescer pelo menos 30% em 2022.