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DC LIVROS | 06/02

DC LIVROS | 06/02

Amor, aventura e luta nas décadas 60 e 70 no Brasil

Um assassinato misterioso ocorrido na Lagoa Mundaú, em Alagoas. Esse é o cenário que abre o novo romance de Carlito Lima: Mundaú, editado pela Aletria. A obra é a segunda de uma trilogia – que inclui os livros Manguaba e Jatiúca – e conta a história de uma grande família, suas lutas, aventuras e alegrias em um período histórico para o Brasil entre as décadas de 60 e 70. Com 80 anos de idade e carreiras militar e política, o autor viu de perto muitos dos fatos que reconta em sua obra. Mundaú fala sobre crime, aventura e luta, mas também sobre amor, saudade e as delicadas relações familiares. Para Carlito Lima, mais que um romance, a obra é a historiografia de uma época. Esse será o quarto livro do escritor, que ganhou notoriedade há 19 anos quando publicou sua primeira obra: “Confissões de um Capitão”. Mesmo sendo um veterano na escrita, Carlito Lima está especialmente animado com o novo romance, Mundaú. “Esse livro, que é editado pela Aletria, me deixa com uma satisfação especial, uma alegria de menino ao receber uma bicicleta de presente”, diz. (Mundaú, Carlito Lima, Editora Aletria, 324 páginas, R$ 59)

Tragédia grega sob o signo do anun-preto

Os três anuns-pretos a tremular na bandeira de certo município Pernambucano foi o sinal que faltava para o escritor mineiro Evandro Affonso Ferreira se precipitar na criação de uma tragédia de inspiração grega com a qual o leitor vai se deparar em Rei-revés. A ave, que, com seu cheiro marcante, atrai morcegos e outros bichos carniceiros do agreste, é frequentemente evocada pelo narrador de Rei-revés na sua busca por respostas. Seria o outrora poderoso líder político, agora preso e impedido de acompanhar o enterro do próprio neto, um injustiçado? O quão inocente é este menino-tabaréu que ascendeu como governante de uma nação? Com Rei-revés, Evandro Affonso Ferreira volta a exibir seu brilhantismo para a experimentação literária. O autor mineiro esbanja seu conhecimento sobre mitologia grega, dialogando com Sófocles e Eurípides e citando Tirésias, o famoso profeta cego de Tebas, além de recorrer a pensadores modernos e contemporâneos – Hannah Arendt, Kant e Rousseau – para assim instigar o leitor em suas inter-relações. (Rei-revés, Evandro Affonso Ferreira, Ed. Record – Grupo Editorial Record, 128 páginas, R$ 44,90)

154 orações voltadas ao universo feminino

São muitas as pressões impostas às mulheres jovens. Seja em relação à aparência, à carreira, ao casamento, à maternidade ou ao sucesso, parece que há uma contínua cobrança para que as mulheres alcancem uma perfeição sobre-humana. Não é à toa que muitas jovens se sintam ansiosas ou sufocadas, pensando que estão sempre aquém do “ideal”. Foi com o intuito de ajudar as moças a lidar com essa fase tão delicada da vida que Stormie Omartian e a sua nora, Paige Omartian, escreveram o Livro de Orações para Mulheres Jovens, novidade da Editora Mundo Cristão. Na obra, as autoras compartilham um roteiro de 154 orações versadas em temas importantes do universo feminino, com base nos princípios da Palavra de Deus. A cada página, as jovens encontrarão uma sugestão de texto bíblico e um modelo de oração que, juntos, edificam, orientam, consolam, corrigem, ensinam, informam e transformam. Livro de Orações para Mulheres Jovens oferece um rico repertório devocional de reflexão e aplicação diária, com insights inspiradores a partir da surpreendente experiência de vida e superação de Stormie e a vivacidade de Paige, líder influente que conhece de perto os dilemas da juventude de hoje. O resultado dessa união não poderia ser outro: uma obra cativante com verdades práticas e um eloquente convite à oração poderosa. (Livro de Orações para Mulheres Jovens, Stormie Omartian e Paige Omartian, Editora Mundo Cristão, 176 páginas, R$ 32,90)

Livro documenta o ano de uma ex-consumista

Com quase 30 anos, a canadense Cait Flanders se viu presa no ciclo de consumismo comum a tantos brasileiros: ganhar mais e comprar mais, em um looping interminável. Mesmo depois de ter trabalhado para se livrar de quase US$ 30 mil em dívidas de consumo, seus velhos hábitos voltaram a se estabelecer. Quando percebeu que nada do que estava fazendo, ou comprando, a deixava feliz, ela se colocou um desafio: não faria compras durante um ano inteiro. O ano em que menos é muito mais (Editora Citadel) documenta a vida de Cait por 12 meses, durante os quais ela comprou apenas itens de consumo necessários: mantimentos, produtos de higiene pessoal e gasolina para seu carro. Ao longo do caminho, ela se desafiou a consumir menos de muitas outras coisas além das compras. Ela arrumou seu apartamento e livrou-se de 70% de seus pertences; aprendeu a consertar as coisas ao invés de jogá-las fora; pesquisou sobre o movimento Lixo Zero; e ainda estabeleceu uma proibição de consumo televisivo. Em cada estágio, ela aprendeu que quanto menos consumia, mais realizada se sentia. (O ano em que menos é muito mais, Cait Flanders, Editora Citadel, 208 páginas, R$ 42,90)

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