DC LIVROS | 16/07
Vida e morte do Rei do Cangaço narrada e recitada
Uma pesquisa que revela o contexto histórico, geográfico e cultural do cangaço e do maior ícone do movimento. Esta é a biografia “Apagando o Lampião: Vida e Morte do Rei do Cangaço”, que agora está disponível em audiolivro pela Tocalivros, em uma parceria com a Global Editora. A aprendizagem sobre este importante recorte da história do Brasil é somada a uma nova vivência em formato de áudio que contou com narração, e também com a recitação da literatura de cordel e cartas da época com sotaque e vocabulário regional. Com um pouco mais de 13 horas, a obra é narrada pelo radialista e apresentador Daniel Vidal, que relata os fatos trazidos na obra. A produção deste audiolivro também cuidou para que os trechos de cordéis fossem declamados pelo ator e encenador pernambucano Jorge de Paula, o que contribuiu para a imersão do ouvinte no imaginário popular do Nordeste. Apagando o Lampião é resultado dos estudos do escritor e historiador Frederico Pernambucano de Mello, uma das maiores autoridades brasileiras sobre o cangaço. O dilema deste marcante personagem da história brasileira, por alguns apontado como bandido e por outros como um produto das injustiças sociais, serviu de guia para esta historiografia sobre Virgulino Ferreira da Silva. (Apagando o Lampião – Vida e Morte do Rei do Cangaço, autor Frederico Pernambucano de Mello e narradores Daniel Vidal e Jorge de Paula, Tocalivros e Global Editora, preço individual R$ 47,20)
Construção pesada
Os elementos pré-moldados são muito utilizados pela engenharia brasileira na construção de pontes, especialmente aqueles manufaturados no próprio canteiro de obra. Já o uso dos elementos pré-moldados construídos em fábricas, também chamados de “pré-fabricados”, não é tão comum no Brasil, mesmo sendo amplamente utilizados nos países desenvolvidos. O incentivo ao uso do concreto pré-moldado é um dos objetivos do livro “Pontes de concreto com ênfase na aplicação de elementos pré-moldados”, do engenheiro e professor Mounir Khalil El Debs, um lançamento da editora Oficina de Textos. Destinada a estudantes de graduação, pós-graduação e a profissionais da engenharia civil, a obra aborda os principais fundamentos para projeto e manutenção de pontes de concreto. O livro faz um aprofundamento das possibilidades de uso de pré-moldados nas pontes – tanto na superestrutura como na infraestrutura. Outro destaque da obra está nos apêndices. Artigos escritos pelo autor e profissionais especialmente convidados tratam de tópicos relevantes sobre o tema, com exemplos numéricos, casos de sucesso e alternativas construtivas ainda pouco comuns no Brasil. (Pontes de concreto: com ênfase na aplicação de elementos pré-moldados, Mounir Khalil El Debs, Editora Oficina de Textos, 480 páginas, R$ 155 e impresso e R$ 131,75 eBook)
A caixa-preta da governança
Sandra Guerra, uma autoridade em governança corporativa no Brasil, utiliza suas próprias vivências profissionais como executiva e conselheira para apresentar “A caixa-preta da governança”. Um guia consistente e prático que explica e soluciona, por meio de uma abordagem comportamental, as principais dificuldades dos conselhos de administração de empresas e da relação entre conselheiros e executivos. Embasado em pesquisas entre os teóricos mais renomados sobre o assunto, estudos com centenas de conselheiros pelo País e uma série de entrevistas com especialistas estrangeiros e brasileiros, este livro é fundamental para consultores, auditores, advogados, secretários de governança e chief governance officers que servem aos conselhos. Também é uma leitura importante para estudantes, pesquisadores e especialistas em GC e conselhos, e faz um convite para que construam uma relação produtiva e eficaz com o conselho, envolvendo todos – e cada um – nas práticas de governança. (A caixa-preta da governança, Sandra Guerra, Ed. Best Business | Grupo Editorial Record, 448 páginas, R$ 139,90)
Uma feminista no Brasil Império
A predominância do patriarcado é uma das marcas deixadas pelo Brasil Império. O tema é levantado pela historiadora e pedagoga paraibana Sheila Guedes no lançamento “Por amor e honra – Amores do Império”. Como um espelho da história nacional, o enredo é ambientado em 1844 e retrata os detalhes desta época monárquica, com referências reais da representatividade feminina e LGBTQIA+. Inspirada em Nísia Floresta, considerada a primeira mulher feminista do Brasil, a autora dá voz a Cecília, uma jovem que rejeita o casamento e sonha em se tornar professora. Assim como a heroína nacional, a personagem acredita que uma educação mais igualitária tem o poder de libertar as mulheres. Para escapar das imposições do pai autoritário, ela se disfarça de soldado da Guarda Nacional e encontra, no tenente da tropa, um aliado. Esta é uma referência à baiana Maria Quitéria, primeira mulher a integrar o exército brasileiro, que usou do mesmo subterfúgio para lutar pela independência do país. Em 1822, juntou-se às tropas para guerrear contra os portugueses. O empoderamento feminino se une à representatividade homoafetiva ao longo do enredo. Um casal sáfico se torna determinante no desenrolar da trama, e engrandece o romance ao representar as muitas mulheres independentes que existiram e a história fez questão de esconder. (Por amor e honra – Amores do Império, Sheila Gomes, editora independente, 344 páginas, R$ 45)
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