DC LIVROS | 17/12
Relação entre tecnologia e o jogo político na era dos ciberataques
Quanto valem os dados que os governos e as empresas produzem todos os dias, e que precisam armazenar com segurança? E quão dependentes desses mesmos dados são as instituições públicas e privadas? Além da questão financeira, o valor dessas informações pode ser contabilizado por outro aspecto, talvez mais perigoso: o da influência política. O tráfico de informações valiosas pode se transformar num jogo arriscado, ao ser manipulado por pessoas cujos interesses nem sempre são muito transparentes. É a partir desta perspectiva que o consultor em Tecnologia da Informação e escritor Denio C. Machado move as peças no lançamento “A Máquina e a Mente”. Com experiência de 32 anos no setor, o autor desenvolveu uma trama de mistério que repercute as consequências do encontro entre as ambições pessoais do empresário fundador da jovem startup “TecnoFy”, Demétrio Borja, e a corrupção institucionalizada, representada pela figura de Jurandir Grael, um deputado federal oportunista e inescrupuloso. Recheado de suspense e intrigas, o livro percorre o universo sombrio dos hackers, ataques cibernéticos e vazamento de informações, combinando tecnologia, política, traições, racismo e o jogo de xadrez. Ambientada em cenários reais de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, a história de “A Máquina e a Mente” faz refletir sobre as vulnerabilidades causadas pela presença marcante da tecnologia e dos computadores no dia a dia das pessoas, das empresas e dos governos. (A Máquina e a Mente, Denio C. Machado, LC Editorial, 222 páginas, R$ 24,99)
“Rapadura é doce, mas é dura”
Qual é o motor da sua existência? Quais são os momentos, os valores, as pessoas que te encorajam a continuar? Por quem você luta mesmo quando o mundo parece conspirar contra suas investidas? Você é capaz de colher os aprendizados de suas falhas tanto quanto os louros de seus sucessos? É com uma perspectiva de gratidão, por meio de uma narrativa envolvente e sensível de episódios de sua vida, que Mazé Lima nos convida a mergulhar em uma história de muita garra e aprendizados na obra “Agridoce – O Sabor de Empreender com as Próprias Mãos”. Afinal, o caminho do empreendedorismo não é uma linha reta ou um percurso fácil. Descobrir o desejo de empreender, se erguer, quebrar, recuar, perder tudo, voltar – não existe fórmula, mas é preciso uma base de princípios sólida para acreditar em si e obstinação para seguir em frente. Em 1998, a autora enfrentou grandes obstáculos com a perda do emprego como faxineira e uma angustiada volta para a cidade natal, com dois filhos para criar e nenhum centavo no bolso. Hoje, a empresa Mazé Doces gera oportunidade de trabalho para muitas pessoas, vende em todo o País e fatura milhões de reais por ano. (Agridoce – O Sabor de Empreender com as Próprias Mãos, Mazé Lima, Editora Almedina Brasil – Actual, 182 páginas, R$ 59)
Aversão aos discursos motivacionais
“Mente vazia, oficina de coach”. A aversão aos discursos motivacionais transformou o engenheiro da computação cearense Júlio Peixoto em uma referência quando o assunto é ser anti-coach. As frases irônicas que viralizaram nas redes sociais ganharam um aprofundamento reflexivo em “Coach de fracassos – humanizando o fracasso com doses de humor” (Editora BestSeller). Sem deixar a acidez de lado, o desinfluencer – como se considera – se propõe a humanizar as derrotas, assim como faz no perfil do Instagram, que conta com mais de 680 mil seguidores e fãs renomados como Fabio Porchat, Fatima Bernardes e Astrid Fontenelle. Em “Coach de fracassos”, Júlio Peixoto subverte o personagem do coach tradicional e parte de um ponto inesperado na atual era de prosperidade e positividade (tóxica): ele busca introduzir o processo de humanização do fracasso na vida de quem o lê. Para além das cultuadas frases desmotivacionais do seu perfil no Instagram, esse “coach” destrincha as fases do fracasso. Além disso, disponibiliza ao leitor uma metodologia que o ajudará a obter sucesso em conviver com o fracasso. “Viver não é fácil. A vida é uma experiência caótica”. Explorando o humor em sua escrita e de forma leve, o autor utiliza do formato de livro de autoajuda para retratar realidades cotidianas sem romantizá-las. “Coach de fracassos” é uma crítica à prática do coaching. Por trás das frases sarcásticas e engraçadas, o livro traz um alerta sobre a sociedade do cansaço, que vive em uma busca doentia e sistemática pela felicidade e prosperidade, tendo como consequência uma série de transtornos mentais. (Coach de fracassos – humanizando o fracasso com doses de humor, Júlio Peixoto, Editora BestSeller – Grupo Editorial Record, 322 páginas, R$ 49,90)
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