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DC LIVROS | 19/03

DC LIVROS | 19/03

BH. A Cidade de Cada Um

Pouco antes do antigo Curral Del Rey ganhar forma e da histórica Ouro Preto ser inaugurada, a região de Venda Nova pulsava há muito como um organismo vivo, capaz de alimentar a curiosidade e a fome de tropeiros e coronéis do século XVIII. Ao resgatar uma rede de histórias da época da Coroa até hoje, que envolve um time de futebol quase centenário, figuras emblemáticas como Padre Pedro Pinto e lendas de arrepiar, como o Capeta da Vilarinho, o livro “Venda Nova”, do historiador Bruno Viveiros Martins, estampa a 35º título da coleção “BH. A Cidade de Cada Um”. (Venda Nova, Bruno Viveiros Martins, Conceito Editorial, 167 páginas, R$ 25)

Crescimento, crise e estagnação

Em “O flagelo da economia de privilégios”, o doutor em Economia pela Universidade de Chicago Fernando de Holanda Barbosa, com mais de 50 anos de estudo e pesquisa na área, analisa a história política e econômica brasileira de 1947 a 2020. A resposta encontrada pelo autor, que justifica os repetidos ciclos de crescimento, crise fiscal e estagnação, é a economia de privilégios. Segundo o autor, trata-se de um produto da cultura brasileira organizado e composto por empresários, trabalhadores e funcionários dos três poderes que extraem renda do Estado. Subsídios, tratamento fiscal diferenciado, salários acima do setor privado, aposentadorias e pensões especiais são situações que causam este déficit nas contas públicas. Dividida em duas partes, a obra passa pelo crescimento liderado pelo investimento de 1947 a 1979, a crise e transição de 1979 a 2004, a ascensão e queda do PT, a grande recessão brasileira de 2014 a 2016 e a política econômica do governo Bolsonaro. Outros quatro pontos são reservados para a segunda etapa da produção: “A cultura do subdesenvolvimento”, “Crescimento e instituições”, “O Banco Central da berlinda” e “Verdades e mentiras”. (O flagelo da economia de privilégios, Fernando de Holanda Barbosa, Editora FGV, 228páginas, R$ 49)

Educação pode formar adultos prósperos

A obra “Como vencer na vida sendo apenas você!”, escrita por um dos maiores especialistas em cirurgia de coluna da América Latina, Dr. André Evaristo Marcondes, conta com cerca de 360 páginas e um conteúdo interativo no qual o leitor tem espaço para reflexão, planejamento estratégico e listar ações que o ajudarão a fortalecer suas bases e avanços para alcançar qualquer objetivo. “O livro serve para o (a) jovem que saiu da escola, fazer um curso técnico ou supletivo, conquistar um emprego melhor e começar a poupar para ter uma vida mais confortável; como também para o profissional liberal que pode blindar suas conquistas materiais, se dedicando mais à família e prosperar seus empreendimentos. Todo mundo é capaz do extraordinário, independente do ponto de partida”, conclui o autor. (Como vencer na vida sendo apenas você!, Dr. André Evaristo Marcondes, Editora Casa Flutuante, 360 páginas, R$ 59,90)

Superação pessoal

O escritor paulista Marcelo De Fazzio transformou a trilogia “A Casa dos Esquecidos” em uma saga, com a publicação do quarto volume “Infinito”, acompanhado do complemento visual “Relíquias”. O romance contemporâneo retrata a história de Sarah R. Maison, internada em um manicômio após ser condenada injustamente pela morte do filho. Entre a concepção do enredo e a publicação do primeiro livro da série foram 15 anos, período em que o autor passou por momentos difíceis ao enfrentar o TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo) e a síndrome do pânico. As lições que tirou dessa fase, após uma profunda reforma íntima, foram determinantes para construir a história e definir com mais riqueza o comportamento dos personagens. (A Casa dos Esquecidos – saga completa – volumes: Abismo; Vertigem; Origem; Infinito; Relíquias, Marcelo De Fazzio, Editora Rota Vintage, R$ 99)

Defesa de minorias

A definição do termo injustiça social é múltipla, mas no geral ela acontece quando dois indivíduos semelhantes e em iguais condições recebem tratamento desigual, e essa colocação hoje é inclusive descrita em leis e na Constituição. Mas será que hoje, os tais justiceiros sociais estão lutando por essa máxima, ou apenas em favor de interesses próprios? Este mês, pelo selo Avis Rara, chega ao Brasil o livro “(In)justiça Social” de Helen Pluckrose e James Lindsay. Autores do best-seller que gerou um debate sobre o impacto dos ativismos da pós-modernidade, “Teorias Cínicas”, os estudiosos vão mergulhar no que diz respeito às militâncias e seu real papel em debates sobre minorias. Neste livro eles continuam pautados por pesquisas acadêmicas, mas focados em falar para o público geral. Os autores retornam para desmistificar muitas dessas ideias inventadas recentemente que não possuem bases científicas, e não levam em conta a complexidade de cada tema, ignorando dados quando não atendem seus propósitos, criando a todo momento um inimigo justamente nas sociedades mais organizadas, e contaminando o restante do mundo. Este é um livro sobre a avalanche de teses exóticas e baseadas em argumentos subjetivos que passaram a dominar todas as discussões sobre raça, gênero, identidade e outros tópicos que permeiam o campo do politicamente correto. (‘In’justiça Social, Helen Pluckrose e James Lindsay, Avis Rara, 176 páginas, R$ 39,90)

Uma análise crítica do mundo contemporâneo

Uma análise crítica do mundo contemporâneo que mostra o quanto o ocidente, especialmente o Brasil, tem fracassado em questões civilizatórias essenciais como o combate à fome, desigualdades e no enfrentamento à pandemia. A abordagem é feita pela psicóloga, psicanalista e escritora Ana Mariza Fontoura Vidal no livro “O triunfo de Pelágio e o mundo sem a Graça”. No ensaio, a carioca reflete sobre o duro cenário no qual o País se encontra nos campos político, econômico e social. A partir de dados extraídos de relatórios da ONU e outras fontes oficiais, como OIT e IBGE, a autora posiciona-se contra as injustiças sociais, questiona o individualismo e o rigor da sociedade ao seguir os padrões ditados pela indústria do consumo. (O triunfo de Pelágio e o mundo sem a Graça, Ana Mariza Fontoura Vidal, All Print Editora, 84 páginas, R$ 25)

As árvores para além da biologia

Apesar de consideradas “os pulmões do mundo”, as árvores carregam um papel mais profundo que o ecológico. Os contos e mitos da oliveira, macieira, eucalipto, salgueiro, cipreste e outras 16 espécies de floras são detalhados no livro “Debaixo das copas”, uma novidade da VR Editora. O texto de Iris Volant e as ilustrações da argentina Cynthia Alonso se unem para contar uma floresta de histórias que mudaram o rumo de comunidades e até mesmo da ciência. É o caso da experiência vivida por Isaac Newton: no momento de descanso embaixo de uma macieira, em 1665, o matemático questionou porque tudo caía para baixo, a exemplo das maçãs. Tal análise resultou na descoberta de

uma das leis mais famosas da física, a teoria da gravidade. Entre as lendas e mitos citados na obra, a Floresta Negra é lembrada por ser cenário sombrio de inúmeras histórias. Uma delas é o conto de fadas dos irmãos Grimm: a famosa história de João e Maria é ambientada em uma floresta semelhante à Negra, mas cheia de sombras ocultas onde a imaginação pode correr solta. Gigantes ou pequenas, míticas ou provedoras, frondosas ou escassas em folhas, as protagonistas de “Debaixo das copas” simbolizam universalmente a diversidade e a resistência. Das acácias e baobás africanos, dos jacarandás da América do Sul até aos abetos e pinheiros da Floresta Negra: todas têm uma história para contar. (Debaixo das copas, Iris Volant, VR Editora, 52 páginas, R$ 54,90)

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