DC LIVROS 26/03

Efeitos da digitalização do jornalismo

Um dos primeiros âncoras do telejornalismo brasileiro, Carlos Monforte começou a carreira na década de 1970, quando atuou em jornais como A Tribuna e O Estado de S. Paulo. Ele viu o surgimento e a expansão das mídias digitais, que agora colocam em xeque o exercício da profissão. Em “O Papel do Jornalismo Sem Papel”, lançado pela Matrix Editora, Monforte levanta o debate sobre o impacto da internet nas redações. Afinal, somente em 2021, o declínio no número de jornais impressos foi de 13,6%, confirmando a tendência de queda registrada há anos nas tiragens dos principais periódicos brasileiros. Monforte viveu um período marcante das redações de jornais impressos brasileiros. No livro, ele descreve com riqueza de detalhes e toques de nostalgia a agitação dos repórteres na busca incessante por informações, o cheiro de tinta que saía direto das máquinas de escrever e os sons de passos apressados, telefonemas e conversas que tomavam conta do ambiente. O principal debate levantado na obra é a relação entre a internet e a veracidade das informações que circulam a todo momento. As inovações digitais garantiram que as notícias rápidas ganhassem mais a atenção do público, mas também passassem a ser questionadas. Para o autor, a busca pela credibilidade é o único caminho para combater fake news e distorção de fatos. Apesar de concordar que os veículos impressos fatalmente deixarão de circular, Monforte acredita que o jornalismo seguirá essencial para a defesa da democracia. Neste sentido, o autor defende o potencial de renovação do profissional para se manter como personagem essencial no debate e disseminação dos temas de interesse público. (O Papel do Jornalismo Sem Papel, Carlos Monforte, Matrix Editora, 208 páginas, R$ 47)

Um manifesto pró-agilidade

“Sempre tivemos grande preocupação com a agilidade, pois observávamos que, quanto mais uma empresa crescia, mais ela criava barreiras e processos que dificultavam a agilidade”. Para derrubar a objeção pontuada em prefácio por Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, o livro “A Jornada Ágil – um caminho para a inovação” indica os rumos para que as empresas, seus líderes e equipes, internalizem um modelo de gestão ágil. Publicada pela DVS Editora, a obra tem autoria colaborativa das principais referências brasileiras em organizações ágeis: Roberto Mosquera, Claudia Pires, Marco Santos e Maria Augusta Orofino. Os autores, além de conceituar, orientam o leitor a quando, por que utilizar, e como aplicar cada um dos métodos. (A Jornada Ágil – Subtítulo: um caminho para inovação; Roberto Mosquera, Claudia Pires, Marco Santos e Maria Augusta Orofino, DVS Editora, 400 páginas, R$ 109)

Pense como a Amazon

Durante anos o autor e consultor John Rossman ouviu de inúmeros clientes as mais variadas perguntas sobre a Amazon: processos, equipes, ferramentas, pioneirismo e o que foi que Jeff Bezos fez para conseguir tornar a Amazon essa empresa conhecida e admirada em todo o planeta. “Pense como a Amazon: 50 ideias e ½ para se tornar um líder de mercado”, lançamento da Buzz Editora, ensina o leitor a elaborar um plano estratégico bem-sucedido, inserindo a tecnologia em seu negócio e fazendo da inovação uma marca registrada. “Pense como a Amazon” fará você entender quais são os valores, as melhores práticas e a importância do foco da Amazon na satisfação de seus clientes. Com esse mapa do tesouro na mão, implemente essas ideias na sua empresa porque chegou a sua vez de conquistar o que até agora parecia impossível para o seu negócio. (Pense como a Amazon”, John Rossman, Buzz Editora, 288 linhas, R$69,90)

Bairro Santo Antônio

Sete anos depois de lançado, o livro sobre o bairro Santo Antônio, um dos mais antigos e tradicionais da cidade, ganha uma nova edição, revista pela autora Eliane Marta Teixeira Lopes. Título integrante da coleção BH. A cidade de cada um, editada pela Conceito Editorial, o livro “Santo Antônio” promove um passeio amoroso pelas ruas e ladeiras do bairro, tecendo os fios de uma história que transita entre o passado e o presente, numa linguagem poética e bem-humorada. Em seu passeio sentimental, Eliane Marta complementa a memória pessoal com relatos de amigos e fontes de pesquisa, revelando para o leitor os primórdios, os fatos históricos, os costumes, os moradores ilustres e anônimos, as relações humanas e sociais do bairro onde nasceu e mora até hoje. Para isso explora com “largas passadas e ousadias” suas fronteiras geográficas e afetivas, que nem sempre coincidem. (Santo Antônio, Eliane Marta Teixeira Lopes, Conceito Editorial, 104 páginas, R$ 30)

Vida e morte: o que existe depois do fim?

O que existe após a morte é uma incógnita que permeia o imaginário coletivo da humanidade. Entre as incertezas da vida, muitos se perguntam “De onde viemos?”, “Para onde vamos?”, ou “Quem somos?”. Com objetivo de ir além da curiosidade humana e avaliar as respostas certas para cada uma dessas questões, Esdras Savioli lança o livro “Depois do fim”, publicado pela Editora Vida. Teólogo e roteirista, ele é também apresentador do Vai na Bíblia, um dos maiores canais cristãos do Brasil no Youtube. Com mais de 400 referências bíblicas e aprofundamento em questões filosóficas sobre a existência humana e problemas sociais, “Depois do fim” é um importante guia para conduzir os leitores ao significado bíblico da palavra “salvação”. (Depois do Fim, Esdras Savioli, Editora Vida, 88 páginas, R$ 31,90)