Desembolsos do BDMG para MPEs batem recorde

Com o fim da maioria dos financiamentos federais voltados ao enfrentamento da pandemia em dezembro do ano passado e as discussões para o retorno ainda em tramitação no Congresso Nacional, agora as alternativas de crédito estão concentradas em programas estaduais ou linhas privadas.
E como se já não bastassem as limitações naturais das micro e pequenas empresas, elas também voltaram a ter que enfrentar diversas restrições às suas operações com o recrudescimento da crise sanitária nos últimos meses.
No Estado, os desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para as micro e pequenas empresas vêm atingindo patamares recordes. Desde março do ano passado, mais de 12.800 pequenos empreendimentos foram financiados pelo banco, com a liberação de mais de R$ 941 milhões.
Deste total, 89% foram para o setor de comércio e serviços no Estado. Na comparação entre 2020 e 2019, o desembolso para o segmento de micro e pequenas empresas mais do que quadruplicou.
É que com a pandemia, o banco lançou uma série de programas emergenciais com foco em prover liquidez para o mercado, especialmente para o pequeno empreendedor. As ações incluíram reduções de taxa, ampliação dos prazos de negociação, dispensa de documentos, plano de renegociação de dívidas e linhas de créditos específicas para saúde, turismo e empreendedorismo feminino.
Neste contexto, a instituição operou com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e outras linhas voltadas para micro e pequenas empresas, como o BDMG Solidário e o Empreendedoras de Minas (exclusiva para mulheres proprietárias de negócios), que também ofereceram taxas mais reduzidas do que as normalmente praticadas.
Em 2021 o banco permanece operando com linhas de capital de giro com taxas e prazos mais acessíveis, oferecendo contratação on-line e sem exigência de aquisição de outros produtos. As linhas atualmente em portfólio são Geraminas, geraminas Fidelidade e Empreendedoras de Minas, além de linhas para implantação de energia fotovoltaica.
Comércio e serviços
De maneira geral, o BDMG encerrou 2020 com o maior desembolso nominal de sua história: R$ 2,85 bilhões. O volume representou crescimento de 118% em relação a 2019, quando o montante chegou a R$ 1,3 bilhão. Mais uma vez, o maior volume de recursos foi destinado ao setor de comércio e serviços, que somou R$ 1,69 bilhão, representando quase 60% do total.
O presidente do banco, Sergio Gusmão, disse à época da divulgação do balanço, que os resultados recordes, especialmente os voltados para micro e pequenas empresas, demonstram que o BDMG tem cumprido seu papel de banco de desenvolvimento diante do cenário desafiador, desencadeado pela crise sanitária. “Conseguimos equilibrar a alta demanda por crédito com a necessidade de preservação da solidez financeira da instituição”, comentou.
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