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Dia do Idoso: veja dicas para atender e valorizar o público 60+

Empreendedores que não se prepararem para atender essa faixa etária podem estar perdendo clientes; entenda
Dia do Idoso: veja dicas para atender e valorizar o público 60+
Crédito: Reprodução Adobe Stock

Em pouco mais de duas décadas, a população idosa no Brasil mais que dobrou, passando de 15,2 milhões, em 2000, para 33 milhões em 2023. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e projetam, ainda, que até 2070, mais de um terço dos brasileiros será composto por pessoas com 60 anos ou mais.

Diante deste cenário, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) alerta os pequenos negócios e futuros empreendedores sobre a importância de se adaptar à economia da longevidade, ou “economia prateada”.

Nesta terça-feira (1º), data em que se celebra o Dia do Idoso, essas orientações se tornam ainda mais relevantes. Criado em 1990 pela ONU e instituído no Brasil em 2006, o Dia Nacional do Idoso reforça a importância de valorizar e atender adequadamente os idosos, reconhecendo sua contribuição para a sociedade e os desafios que ainda enfrentam.

De acordo com o analista de Competitividade do Sebrae, Flávio Barros, a população está envelhecendo rapidamente, e os empreendedores que não se prepararem para atender essa faixa etária podem perder clientes. 

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“O idoso busca atenção. A experiência dele deve ser especial para garantir a fidelização e a recomendação para novos consumidores”, explica Barros.

Ele destaca que o atendimento a esse público deve ser diferenciado, com paciência e sensibilidade, como a simples oferta de uma cadeira ou a adaptação do ambiente.

Além disso, o comércio digital também precisa se adaptar. “O e-commerce deve ser simples e acessível, com fontes maiores e navegação intuitiva, focando na facilidade para esse público que também utiliza os canais digitais para suas compras”, enfatiza Barros.

Empreendedorismo e população idosa

Um exemplo de sucesso no setor da longevidade é Rita Lingarai, fundadora da AF&TUR 50+, que iniciou sua trajetória no ramo de educação física para pessoas acima de 50 anos e, hoje, oferece pacotes de turismo e esportes voltados para idosos.

Ela reforça que trabalhar com a terceira idade exige dedicação e respeito ao processo de envelhecimento. 

“Se o empreendedor não entender a globalidade do envelhecimento e não tiver respeito genuíno por essa faixa etária, o negócio não se sustenta”, ressalta.

Dicas para empreender no mercado da longevidade  

Para atrair o público 60+, o CEO da Koala Hub, startup especializada em longevidade, Guilherme Menezes, tem três dicas fundamentais:

  • Atendimento personalizado: o ritmo de atendimento deve ser mais cuidadoso e paciente, respeitando o tempo de decisão das pessoas acima de 60 anos.
  • Comunicação inclusiva: as ações de marketing devem representar esse público, evitando direcionar toda a comunicação apenas para os jovens.
  • Respeito: é essencial tratar esse cliente de forma respeitosa, sem estereótipos, valorizando sua experiência e fidelidade, que tende a ser maior do que a de consumidores mais jovens.

(Com informações da Agência Sebrae de Notícias)

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