Confira dicas de livros para leitura do fim de semana!

Os alicerces jurídicos da humanidade

Durante o império babilônico, uma coleção de 282 leis inscritas em laje de pedra de diorito negro regulamentava aspectos da vida, como comércio, relações familiares e punições para crimes. A Editora Edipro lança em forma de livro uma nova edição destas normas que compõem o “Código de Hamurabi”. Este projeto recém-lançado é traduzido a partir da primeira transcrição moderna do texto, realizada pelo abade Jean-Vincent Scheil. Conhecido como o código de leis mais antigo do mundo, o conjunto de regras foi criado por Hamurabi, um rei da Primeira Dinastia da Babilônia que governou entre 1792 a.C. e 1750 (a.C.). Caracterizado por uma liderança forte, o monarca é reconhecido pela ênfase na ordem e justiça e por unir cidades-estado mesopotâmicas – atual Irã – sob uma única bandeira e estabelecer sistema jurídico coeso. Apesar da importância histórica, o Código de Hamurabi ficou perdido no tempo e foi desenterrado nas ruínas da antiga Babilônia em 1901 pelo padre e estudioso francês Jean-Vincent Scheil na cidade de Susos, na Pérsia. Este monumento monolítico esculpido em rocha era composto por 46 colunas de escrita cuneiforme acádica e abrangia 282 leis distribuídas em 3,6 mil linhas. O regulamento estabelecia uma abordagem de retribuição proporcional para crimes e delitos, conforme o princípio “olho por olho, dente por dente”. A pedra original encontra-se em exposição no Museu do Louvre, em Paris. (Código de Hamurabi, organização Jair Lot Vieira, Editora Edipro, 176 páginas, R$ 37,90)

Alma, resiliência e tributo às mulheres negras

Setenta anos separam três vozes que se movem para trás e para frente no tempo. É a partir desta fluência cronológica que “Memphis”, o livro de estreia da poeta Tara M. Stringfellow traça um retrato sobre legados de pessoas negras. Publicada pelo selo Tordesilhas, a obra apresenta um recorte da complexidade familiar e social vivenciada por afro-americanos: brutalidade e justiça, fé e perdão, sacrifício e amor. Com destaque às perspectivas narradas pelas personagens Joan, Miriam, August e Hazel, a autora desenvolve a história em meio a um contexto de racismo sistêmico. Isso ocorre a partir de eventos marcantes em Memphis, como a greve dos trabalhadores do saneamento que atraiu Martin Luther King Jr. para a cidade. No desdobramento desta trama, que ganhou uma edição exclusiva para a TAG Curadoria em 2023, Stringfellow intercala capítulos do presente com flashbacks que revelam detalhes sobre a ancestralidade das protagonistas. Em “Memphis”, Tara M. Stringfellow transcende as adversidades e busca proporcionar uma experiência emotiva ao leitor, com tragédias, alegrias e conexões, enquanto celebra resiliência, cultura e força das mulheres negras ao longo dos anos. A obra é dedicada a Gianna Floyd, filha de George Floyd – assassinado em 2020 por um policial branco na cidade Minneapolis, nos Estados Unidos. (Memphis, Tara M. Stringfellow, Editora Tordesilhas, 320 páginas, R$ 69,90)

Guerra Cultural

Você já se questionou como são feitas as escolhas de pautas que serão adotadas por secretarias e ministérios dos diferentes governos? E filmes que terão verbas públicas? Livros aprovados para escolas e bibliotecas? E os debates sociais que envolvem públicos diversos? Não? Então você precisa entender que hoje existe uma guerra sendo travada nesses setores, e é necessário que entendamos como eles estão contaminados por uma guerra ideológica em que, em primeiro lugar, o que está em pauta é a luta por poder. A Avis Rara lançou um projeto inovador, que reuniu uma dezena de grandes nomes brasileiros entre juristas, pesquisadores, políticos, filósofos e formadores de opinião: “Guerra Cultural na Prática: Como combater as estratégias da esquerda que estão destruindo o ocidente”. Este é um livro essencial para quem deseja entender as influências perniciosas do progressismo em nossa sociedade. Organizado por Gustavo Lopes e contando com um time de especialistas em inúmeras áreas, a obra trata de linguagem, meio ambiente, educação, cultura do cancelamento, racismo, ativismo judicial, Filosofia, cultura pop, política e muito mais. Este é um guia para aqueles que desejam compreender as ramificações da Guerra Cultural em inúmeros setores, e como ela promove a destruição do tecido social. (Guerra Cultural na Prática: Como combater as estratégias da esquerda que estão destruindo o ocidente, organização Gustavo Lopes, Avis Rara, 192 páginas, R$ 59,90)

O que todo profissional do Direito precisa saber?

Produtos industrializados e de tecnologia que facilitam a vida, músicas, filmes e livros para informação e entretenimento. O consumo de bens materiais e imateriais faz parte do mundo dos negócios e do dia a dia de pessoas no mundo todo. Estas inovações e obras resultantes da criatividade humana integram o que se define por Propriedade Intelectual, conceito relacionado com a proteção legal e reconhecimento de autoria destas produções. Para servir de guia aos profissionais de Direito nas demandas frequentes em torno do tema, a editora Almedina Brasil publica o “Manual de Propriedade Intelectual”. Produzida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, sob a coordenação de titulares da Comissão de Propriedade Intelectual do órgão, a obra apresenta os elementos fundamentais do regime protetivo dos diferentes institutos da Propriedade Intelectual: os signos distintivos, as criações técnicas, a concorrência desleal e o direito autoral. Os autores apresentam os conceitos introdutórios e as noções gerais sobre a proteção internacional e as bases constitucionais deste ramo do Direito. A análise também recai sobre os contratos, um dos ângulos mais relevantes da atividade profissional, e a tutela dos direitos de propriedade Intelectual, outra importante vertente na práxis da advocacia. Em toda a obra, são apresentadas referências bibliográficas para que o leitor possa aprofundar os temas ou esclarecer eventuais dúvidas. (Manual de Propriedade Intelectual, coordenadores: Luiz Claudio Garé, Manoel Joaquim Pereira dos Santos, Alberto Luís Camelier da Silva, Gabriel Francisco Leonardos e Lilian de Melo Silveira, Editora Almedina Brasil, 608 páginas, R$ 249)