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Combate a fake news e divulgação científica na pauta do Minas Summit

Debate durante o evento reuniu especialistas de diversas áreas
Combate a fake news e divulgação científica na pauta do Minas Summit
Foto: Diário do Comércio/Giulia Simmons

Combater as fake news com informação de qualidade e aproximar a ciência do público foram os principais temas do painel “Entre o fato e o feed: Os desafios de comunicar ciência em tempos de ruído”, realizado no Minas Summit 2025. A discussão reuniu especialistas como a professora de Microbiologia do ICB-UFMG, Viviane Alves, a cientista social Marina Andrade, o gestor de Comunicação do BH-Tec, Thiago Ricci, e a repórter do Diário do Comércio Daniela Maciel.

A professora Viviane Alves comentou sobre seu podcast “MicroBios”, no qual ela e sua equipe falam sobre fungos, vírus e bactérias para que pessoas que não são da área da Biologia compreendam temas como, por exemplo: posso comer esta comida que caiu no chão?

“Se quisermos nos comunicar com a sociedade, precisamos simplificar nosso discurso. Isso não significa torná-lo mais raso, mas mais acessível. Além disso, precisamos aprender mais sobre a rotina dos jornalistas e nos prepararmos para conversar com eles e aproveitar melhor essa relação”, afirmou Viviane Alves.

Já a cientista social Marina Andrade, membro da Rede Mineira de Comunicação Científica, falou sobre o projeto Pint of Science, que convida cientistas a apresentarem suas pesquisas de forma informal, à mesa de um bar.

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Em seguida, a jornalista Daniela Maciel destacou a necessidade de os cientistas se comunicarem com a imprensa e com o público de forma acessível. A própria realização da mesa no Minas Summit foi um exemplo desse esforço.

“Na época das fake news, é preciso criar espaços, seja concedendo entrevista, escrevendo um blog, indo a um bar ou atendendo a um chamado da associação comunitária. Para combater a notícia falsa, só com notícia verdadeira”.

A jornalista do Diário do Comércio ainda acrescentou que, para a imprensa realizar um trabalho que honre cientistas e pesquisadores, é necessário um esforço conjunto para tornar a informação acessível a todos. “Ser fiel, ser justo ao trabalho do pesquisador é ter cumprido 98% da tarefa”, concluiu.

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